De acordo com projeções da ABIH-SP, o Carnaval paulistano deverá contribuir para melhorar os indicadores dos hotéis. Isso porque estima-se que a diária média deverá crescer entre 10% e 20% frente a 2020, enquanto a ocupação será, no mínimo, igual à da última edição antes da pandemia: 55%. O otimismo é creditado à superação da crise sanitária, à volta dos blocos de rua e do desfile pleno. Nesse ano, o evento acontece de 17 a 21 de fevereiro.

Cabe lembrar que em 2020, no último mês antes da decretação da pandemia de Covid-19, o país vivia boa fase de recuperação econômica, após a crise de 2016/17. Na ocasião, o Carnaval foi realizado em clima de alerta sanitário vindo da China. No Brasil, o primeiro caso foi anunciado dias depois do término da festividade.

Retrospecto

Em fevereiro de 2021, a taxa de ocupação dos hotéis caiu para 25,5%, enquanto a diária média ficou em R$ 236,00. Com as fortes restrições impostas pela crise, não houve Carnaval e o funcionamento dos hotéis foi limitado. Além disso, a suspensão de blocos de rua e desfiles, além da dificuldade para viajar, contribuíram para a baixa.

Já no ano passado, a ocupação foi de 47,7%, com diária média de R$ 255,00. Mesmo nos estados e municípios com maior flexibilidade, ainda foram mantidas todas as restrições todas as restrições previstas nos protocolos sanitários. Partindo para o recorte do estado, o resultado também foi positivo e contribuiu para o otimismo deste começo de ano.

Em levantamento divulgado recentemente, a ABIH-SP apontou que houve incremento, no acumulado entre janeiro e dezembro, de 127,9% no RevPar e 35,2% na diária média, enquanto a ocupação ficou em 57,47%, superando 2021. Segundo a entidade, os números apontam para uma recuperação completa do setor em 2023.

(*) Crédito da foto: Edson Lopes Jr/Prefeitura de São Paulo