Durante a pandemia, o bleisure – que une trabalho e lazer – foi uma tendência que cresceu significativamente. Dentro dessa tendência, estão os workcations, modalidade na qual o trabalhador dá uma pausa em sua rotina regular para descansar, mas sem deixar de cumprir seu cronograma de atividades. Mesmo com os casos de Covid-19 diminuindo significativamente, a tendência continua a ganhar força à medida que várias empresas continuam oferecendo opções de trabalho remoto, revela o Hotel News Resource.

No ano passado, 85% dos 3 mil trabalhadores indianos entrevistados em uma pesquisa afirmaram que aceitaram um workcation ao longo do ano. No Canadá, por sua vez, mais de um quarto dos trabalhadores afirmaram que querem fazer um este ano. Em estudo que abordou oito países, 65% dos 5,5 mil entrevistados disseram que pretendem estender uma viagem de trabalho para uma de lazer, ou vice-versa, em 2022. Segundo pesquisa divulgada recentemente pelo Airbnb, a busca por comodidades reforça a tendência.

Especialistas apontam que a adaptabilidade que desenvolvemos durante a crise sanitária nos posicionou para desfrutar de uma pausa que combina trabalho e lazer. Além disso, considerando os benefícios que os trabalhadores veem nessa nova forma de trabalhar – como a chance de explorar novos lugares – é provável que os workcations se tornem uma prática permanente, durando muito além da pandemia.

Cenário atual possibilita crescimento da prática

O que difere o momento atual dos últimos dois anos é que agora mais pessoas podem vivenciar um workcation, devido ao aumento do ritmo da vacinação ao redor do mundo e, consequentemente, diminuição das restrições. Entre 2020 e 2021, as viagens corporativas despencaram e a tendência é de que se recuperem gradualmente até 2024. No novo cenário, as pessoas têm mais espaço e oportunidades pra explorar outas opções enquanto cumprem com responsabilidades profissionais.

Em pesquisa divulgada no mês passado, com mil pessoas que fizeram uma viagem de trabalho, mais de quatro quintos deles afirmaram que a experiência aumentou sua produtividade e criatividade. Além disso, mais de dois terços disseram que o objetivo era “recarregar suas baterias” mentais e emocionais, enquanto a exploração de novos lugares também se destacou como fator motivador.

(*) Crédito da foto: lukasbieri/Pixabay