O Ritz de Paris é o único hotel que virou sinônimo de luxo nos dicionários de inglês. A expressão to put on the Ritz significa se vestir de maneira chique para impressionar. Além disso, ele inspirou inúmeras histórias, filmes e músicas ao longo dos anos. Com 126 anos, o nome ainda é símbolo de sofisticação e, por isso, o leilão de objetos do empreendimento, marcado para os dias 25 a 27 de setembro, promete ser um grande evento na capital francesa. Você vai ficar de fora dessa?

Segundo Thomas Loiseau, responsável pelo leilão, o interesse é enorme, com clientes de todo o mundo já pedindo o catálogo. A coleção, chamada “Os universos do Ritz Paris”, traz 1,5 mil itens, incluindo porcelanas, cristais e até sofás. O valor estimado é de pelo menos € 340 mil, mas há expectativas de que alcance bem mais.

Vale lembrar que, em 2020, o leilão anterior arrecadou cinco vezes mais do que o previsto, aponta o NeoFeed. É sua chance de participar, tanto na esfera física, quanto na jurídica. Fique de olho, hoteleiro!

Reinvenção do Ritz

Esse é o terceiro leilão do Ritz, que se reinventa constantemente. Arnaud Leblin, diretor de Patrimônio do hotel, destaca que o objetivo é manter viva a história do Ritz. Entre os itens à venda, estão várias peças do famoso Bar Hemingway, onde o coquetel Bloody Mary foi criado.

Algumas peças contam a história do hotel, como bandejas banhadas a prata do início do século 20 e louças de porcelana da grife Haviland, usadas no restaurante L’Espadon, premiado com uma estrela Michelin.

E, se você quiser quiser um toque de história, há até um sofá capitonê à venda por cerca de € 1,5 mil. Vai perder essa chance de levar um pedacinho do Ritz para casa?

História

César Ritz, nascido em Niederwald, na Suíça, começou sua carreira como garçom e acabou se tornando diretor dos hotéis mais prestigiados de Paris. Ao fundar o Ritz, ganhou o título de “rei dos hoteleiros e hoteleiro dos reis”.

O hotel já recebeu figuras históricas de todas as áreas: políticos, chefes de Estado, artistas e celebridades. A lista é estrelada por nomes como Winston Churchill, John e Jackie Kennedy, Charles Chaplin, Audrey Hepburn (que estrelou três filmes no local), Coco Chanel (que morou ali), Santos Dumont, Madonna e Maria Callas, que encantava os funcionários com suas práticas vocais.

Apesar de ser um símbolo de exclusividade na hotelaria, o Ritz optou por não buscar o título de “hotel palácio”, concedido apenas aos melhores hotéis de Paris pelo Ministério do Turismo francês. Mesmo atendendo a todos os requisitos, o Ritz prefere ser conhecido como “uma casa de família”. Como diz Leblin: “Nem temos recepção”.

Os recursos do leilão serão investidos na modernização do hotel e na criação de um museu com peças emblemáticas e documentos históricos, como cartas de hóspedes ilustres. Afinal, como dizem, “quem é rei nunca perde a majestade”, e o legado do Ritz só se fortalece.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Ritz Paris