Com apenas dois anos de atuação, a VOA Hotéis, que contratou PMS da Erbon para auxiliar na gestão dos empreendimentos, aposta na tecnologia com o intuito de criar uma rede hoteleira virtual, emprestando sua marca e conectando hotéis independentes à sua plataforma digital, buscando aumentar reservas e, consequentemente, a ocupação. Após fechar 2020 com faturamento de R$ 9 milhões, a empresa encerra este ano com GMV (Gross Merchandise Volume) de R$ 72 milhões.

Nos primeiros seis meses de embandeiramento de hotéis, a meta da VOA era conseguir crescimento de pelo menos 45% na receita, expectativa que foi superada, visto que a rede atingiu 53% neste indicador.

Atualmente, a marca tem parcerias com 90 hotéis e mais de 2,8 mil quartos ativos em cidades como Rio, São Paulo, Curitiba, Maceió e Bonito (MS). O foco são propriedades com pelo menos R$ 60 mil de receita mensal e que possuam de 40 a 50 quartos. O único que se desprende do formato padrão da empresa é o Hotel Nacional, na capital fluminense.

José Eduardo Mendes, fundador da VOA, teve a ideia de começar o negócio após a chegada da startup indiana OYO ao Brasil, o que, para ele, evidenciou uma grande oportunidade de mercado.

“A maioria das redes internacionais veio para o Brasil olhando para o filé mignon – nas melhores localizações de cada cidade – mas o país não tem uma rede consolidada de hotéis focada na cauda longa, fora dos grandes centros”, pontua em entrevista ao Brazil Journal.

VOA Hotéis: estratégias e planos para o futuro

Antes de fecharem contrato com a VOA, muitos hotéis adquiriam receita por um número pequeno de canais, índice que a plataforma consegue aumentar exponencialmente através de parcerias com sites de busca, diversos operadores e apps. “Cerca de 30% das vendas são fechadas em canais que antes os hotéis não acessavam”, completa Mendes.

Para os hotéis, o custo de entrada na VOA é zero e os contratos são de 60 meses, sem necessidade de pagamento de multa para saídas antes do prazo.

Em janeiro de 2022, a empresa pretende lançar mais um serviço: um marketplace para comercializar espaços ociosos de seus hotéis membros. “Muito hotel tem salas de eventos e rooftops que estão sempre vazios porque não tem ninguém comercializando e distribuindo isso online”, finaliza Mendes.

(*) Crédito da foto: Divulgação/VOA Hotéis