As expectativas para a abertura do Villa d’Oro Hotel, em janeiro de 2020, eram altas. A hotelaria esperava um ano de resultados tão satisfatórios quanto os de 2019, até que o coronavírus chegou ao Brasil no final de fevereiro. Operando há pouco mais de um mês, o empreendimento não se deixou abater por sua vida curta no mercado e optou por manter as portas abertas mesmo nos períodos mais críticos da pandemia. E, de fato, foi uma decisão acertada. Enquanto a maior parte do setor estava paralisada, a propriedade fidelizou clientes que agora fazem toda a diferença na retomada.

A propriedade chegou para complementar a família da Monte Villa Hotéis, que já contava com uma unidade em Fortaleza (Villamaris Hotel) e outra em Natal (Villa Park Hotel). Segundo Rickie Camilo, gerente geral do empreendimento localizado em Recife, a aposta da administração era que, ainda que pequenas, as demandas não iriam se dissipar completamente.

“Optamos por manter as operações, pois sabíamos que alguma demanda existiria. Quem cresce na crise a tendência é se tornar mais forte e conseguimos hospedagens em todas as unidades. Os hóspedes vieram principalmente do setor médico, pois estamos localizados próximo aos grandes hospitais de Recife”, explica Camilo.

No segundo semestre de 2020, com os tímidos e passageiros sinais de estabilidade no número de contágios, o Villa d’Oro voltou a receber demandas corporativas irrisórias e hóspedes de lazer. “Foi aquele gosto bom que quase todo o setor sentiu. Tivemos grande procura de lazer do público regional do Nordeste”, destaca o executivo.

Villa d'Oro - UHS jpg

Hotel conta com 108 UHs

Villa d’Oro Hotel: recuperação

No dia 4 de janeiro, Camilo chegou a Recife para ocupar a cadeira de gerente geral. Naquele momento, o turismo vivia uma nova fase de possível estabilidade, quebrada pela segunda onda da pandemia. Apesar dos impactos, o profissional afirma que mesmo com as baixas demandas o hotel conseguiu pagar as contas no primeiro semestre de 2021.

“Negociamos ao máximo e buscamos ajudar os hóspedes com tarifas justas e sociais. Foi um período bem complicado, mas conseguimos manter a operação. Em julho, fechamos acima da expectativa de 40% de ocupação. Foi um bom resultado e agosto está performando ainda melhor”, salienta.

Conhecido como um mês de baixa nas reservas, agosto vem surpreendendo a gestão. Até o dia de hoje (18), Camilo revela que os números estão acima do desempenhado em julho. Camilo acredita que a vacinação, as ações de divulgação e localização do empreendimento são fatores que estão colaborando para os resultados.

“Agosto costuma ser um mês duro, mas acredito que o que sabíamos antes não deve ser colocado em cheque. As coisas estão mudando e o mercado mostra um comportamento diferente nos dias de hoje”, avalia. Ele conta que reservas corporativas estão voltando, além de grupos de viagens e clientes habitués. “Construímos uma demanda fiel que deve alavancar os números na retomada”.

Para o segundo semestre, o Villa d’Oro tem boas expectativas para os feriados, que devem alcançar quase a lotação máxima. Ainda que o caixa esteja a salvo, a recuperação total das perdas deve ficar para 2022. Apesar das ocupações estarem ganhando tração, a retomada da diária média será mais lenta.

“O hóspede está mais criterioso com os valores das diárias em consequência do baque financeiro e reajustes de salários. Sabemos que a situação mudou e hoje focamos na fidelização do cliente, praticando preços que sejam bons para os dois lados”, complementa.

Estrutura

O empreendimento oferece 108 UHs, com capacidade para receber até 246 pessoas. Com perfil majoritariamente corporativo, o Villa d’Oro possui academia, piscina, bar e restaurante voltado para a culinária nordestina.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Villa d’Oro Hotel