Multipropriedades - estudo Caio Calfat_capaSurfland Brasil é um dos projetos anunciados em Santa Catarina

Os impactos do coronavírus ainda são incertos, mas algo não deixa dúvida em relação ao mercado de multipropriedades nacional: o vírus pode interromper uma boa trajetória de expansão. Divulgado durante webinar da Adit Brasil (assista aqui) encerrado agora há pouco, o estudo Cenário de Desenvolvimento de Multipropriedades no Brasil 2020 mostra isso claramente. O VGV (Valor Geral de Vendas) projetado do segmento para 2020 soma R$ 24,14 bilhões, alta de 5,93% frente a 2019.

Vale destacar que 2019 já havia sido um ano de crescimento. Na ocasião, o VGV totalizou R$ 22,79 bilhões, aumento de 37% frente a 2018. Ou seja, havia uma base alta de comparação. Voltando a 2020, o estudo mostra ainda outros números positivos. O VGV Vendido projetado é de R$ 13,78 bilhões, 10,54% acima dos R$ 12,46 bilhões do ano anterior. Já o estoque VGV estimado é de 43%, dois pontos percentuais mais baixo do que 2019. Por fim, o preço médio do pacote avançou 8,27%, pulando de R$ 51.981,50 para R$ 56.280,28.

“O amadurecimento do mercado permitiu a coleta de melhores informações para o relatório de 2020. Mesmo com o acerto da base de dados de 2019, quando retiramos quatro empreendimentos e revisamos dados de frações de cada empreendimento, o VGV lançado alcançou R$ 24,1 bilhões, resultado de 109 empreendimentos listados e a oferta de cerca de 430 mil frações de multipropriedades”, observa Caio Calfat, fundador da consultoria que leva seu nome e autora da pesquisa.

“Em relação ao VGV potencial e o vendido, o estoque mostrou-se menor do que em 2019. Em valores. O resultado não foi melhor devido o aumento de estoque nos empreendimentos com status de prontos. Isso ocorreu em função das conversões de empreendimentos novos, geralmente hotéis, para o modelo de multipropriedade ao longo de 2019”, completa Calfat.

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Multipropriedades: mais dados

Em relação à oferta, o setor chega a 109 empreendimentos em 2020, alta de 18% frente a 2019. Prova da pujança do mercado de multipropriedades é o avanço dos últimos três anos, período marcado por crescimento médio anual de 26% no número de unidades. Em 2020, o Nordeste se destacou com a maior expansão no indicador (+32%), sendo seguido por Sul (+28%). Menção especial para Santa Catarina, que passou de quatro para sete projetos, entre eles o já lançado Surfland Brasil

Ainda assim, a oferta sofreu algumas alterações em relação ao ano anterior. Houve redução do inventário disponível adiamento de entregas, principalmente entre os anos de 2019 e 2020. “Outro ponto importante em relação à oferta: em 2021 deverão ser entregues ao mercado aproximadamente 4,5 mil apartamentos, o que representará cerca de 2/3 da oferta total já em uso. Dessa forma, atenção à operação e à satisfação dos multiproprietários deverão ser itens fundamentais de cuidado por parte dos empreendedores”, comenta Calfat.

Por fim, o executivo fez uma observação sobre o que esperar para 2021, diante das incertezas da pandemia. “Os resultados para o próximo ano refletirão as consequências da pandemia que assola o mundo e que no Brasil afetou fortemente o setor do turismo, com paralisação de toda cadeia produtiva, inclusive na multipropriedade. Até o momento, os resultados demonstram a força desse setor, que cresceu em meio ao ambiente da recessão econômica de 2015 a 2017, amadurecido e identificando novos destinos e outras formas de viabilizar o negócio, em relação aos anos anteriores, que apostou em destinos consolidados e âncoras como atrativos, geralmente parques temáticos e aquáticos”, finaliza.

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Para ter acesso ao estudo completo promovido pela Caio Calfat Real Estate Consulting, clique em https://bit.ly/3dCxA90.

(*) Crédito da capa: Divulgação/Surfland Brasil

(**) Crédito dos infos: Caio Calfat Real Estate Consulting