Entidade ativa em prol da retomada do turismo, a Unedestinos (União Nacional de CVBx e Entidades de Destinos) vem articulando-se ao lado de associações e movimentos. Em busca de promover associados, principalmente no segmento Mice, dentro e fora do país.

Além de fazer parte do G8, bloco de entidades que se uniram para solicitar ações governamentais que garantam a sobrevivência do setor, a Unedestinos também integra o Movimento Supera Turismo, que recentemente lançou o Guia do Viajante Responsável, onde são propostas medidas conscientes para turistas retomarem suas viagens.

Na semana passada, a associação promoveu seus associados no Expo + Foro Virtual de Turismo Global, organizado pela Associação de CVBS Latinoamerica & El Caribe. Na ocasião, as cidades tiveram a oportunidade de captar o interesse de compradores de destinos para eventos em todo o mundo em estandes virtuais.

Com foco na divulgação para a América do Sul, a Unedestinos também adentrou para a Alianza Mice Sudamérica, representado pelo SPCVB (São Paulo Convention & Visitors Bureau). O grupo representa cinco destinos sul-americanos (Bogotá, Quito, Buenos Aires, Lima e São Paulo), que se uniram para fomentar a promoção das capitais como sede de eventos e compartilhar protocolos de segurança para o segmento Mice.

“Estamos participando de diferentes movimentos. Outra ação estratégica é retomar o turismo apoiado em uma base de ações integradas entre os próprios CVBx e entidades de destinos. Nosso foco inicialmente é a América do Sul, pois temos problemas semelhantes. Temos uma parte importante no trabalho de divulgação de nosso produtos e de nossos hermanos. Por enquanto, dadas às restrições, ainda é cedo para atravessar o oceano”, explica Toni Sando, presidente da entidade.

Sando: decisões estão sendo postergadas até a chegada da vacina

Unedestinos: principais frentes

Com o lazer despontando como catalisador da retomada, Sando afirma que muitas ações de associados estão focadas neste nicho. Já o corporativo, demanda ainda emperrada, ele afirma que os principais desafios são a divulgação de protocolos e confiabilidade das empresas. “Nos negócios o retorno é gradativo. As empresas ainda não estão liberando seus executivos para viajarem. Ainda existe certa dificuldade em mostrar as medidas adotadas por hotéis, espaços para eventos e restaurantes. Desenvolvemos vídeos orientando sobre a importância da segurança tanto de quem viaja quanto de quem trabalha nos destinos”, salienta.

Sobre a imagem desgastada do Brasil diante do mercado estrangeiro devido aos problemas sanitários, políticos e ambientais, Sando afirma que vem debatendo com a Embratur sobre a divulgação. “A Embratur só vai poder promover o país lá fora seis meses após o fim da pandemia. Isso acaba perdendo um elo de ligação com destinos compradores dos nossos produtos. Estamos articulando a participação do Brasil em feiras e workshops”.

Para o público final, o cenário é ainda mais delicado. “Existe a necessidade de um grande planejamento e investimento para induzir as pessoas a virem. O problema agora não é baixa promoção, é mais complexo. A pandemia inverteu o modelo de negócio. Não podemos fazer futurismo, pois muitas decisões foram postergadas até a chegada de uma vacina”.

O presidente ainda ressalta que cada CVB vem articulando suas divulgações de forma individualizada, com foco em sua macro região, estimulando o turismo doméstico. “Cada um vai promover seu destino para impulsionar viagens curtas, com duração de duas a três horas de carro. Todos têm grande potencial de movimentar a economia fazendo com que seu público viaje dentro do próprio estado. Em um segundo momento, quem sabe as pessoas estarão abertas a conhecer distâncias maiores”, finaliza.

(*) Crédito da capa: Pixabay

(**) Crédito da foto: Divulgação/Unedestinos