Do início da pandemia na China, mercado estratégico para a empresa, até o momento, 2020 é de intensos desafios para a OYO. Indo mais além, o ano está sendo de recomeço e de reajustes no modelo de negócio. Em entrevista ao Wall Street Journal, reproduzida pelo Skift, o fundador da rede indiana Ritesh Agarwal atualizou sobre o momento atual da companhia.

Entre as principais mudanças recentes, chama atenção a implementada no modelo de negócio. A Oyo deixou para trás a garantia mínima dada aos hoteleiros em troca do controle total da precificação por uma divisão de receita e maior grau de flexibilidade de tarifas. Isso, de certa forma, aproxima a rede indiana de um modelo mais tradicional de administração hoteleira.

Na entrevista, Argawal sustentou que o total de quartos da empresa na Índia, Sudeste Asiático, Estados Unidos e Europa já retornou aos padrões pré-pandemia. Segundo ele, as perdas de inventário ainda não foram retomadas na China e, globalmente, estão 16% abaixo do período pré-coronavírus, com cerca de 1 milhão de UHs. O fundador da OYO destacou ainda que o faturamento está 80% do que era antes da crise.

OYO e mais ajustes

Outra mudança importante falada na entrevista era, na verdade, um movimento que já ocorria. A rede indiana trocou uma expansão a todo custo por um foco maior na experiência do cliente, em melhorias no sistema e nos produtos. No Brasil, a chegada de Ralf Wenzel e a criação da OYO Latam é uma sinalização de que este ajuste ganha corpo na região.

Por fim, Agarwal deu uma visão geral de como anda o caixa da rede indiana e do que foi feito para combater os efeitos da pandemia. Segundo o executivo, a rede indiana “queimou” US$ 500 milhões até aqui para mitigar os problemas gerados pelo coronavírus. Mais ainda, ele confirmou que dispõe de US$ 1 bilhão em mãos para novas eventualidades.

No https://bit.ly/32bhGzD, é possível ver a entrevista completa, que teve perguntas duras feitas pelo repórter Rolfe Winkler. Confira!

(*) Crédito da capa: Vinicius Medeiros/Hotelier News