Desde o início da pandemia a hotelaria de Salvador vem sofrendo duros baques em seus resultados. Sem eventos, corporativo e com a suspensão das comemorações de Carnaval, principal data para o setor turístico da capital baiana, não tinha como ser diferente. Entre muitos profissionais que estão equilibrando os pratos na gestão de empreendimentos no destino está Viviane Pessoa, gerente geral do Gran Hotel Stella Maris.

Apesar das quedas nos indicadores nos últimos meses após uma tímida retomada no segundo semestre de 2020, a segunda onda jogou um novo balde de água fria na hotelaria de Salvador. Entretanto, a profissional se diz otimista em relação a vacinação e acredita que ainda este ano o mercado conseguirá alguma recuperação.

“Acredito que há uma demanda reprimida por conta do sentimento de necessidade de relaxar, vivenciar momentos com a família e de qualidade de vida. Nosso produto está diretamente relacionado a isso por ser um resort beira mar, com spa, espaços abertos, e atividades de esportes e lazer”, pontua Viviane.

Abaixo, você confere a entrevista na íntegra.

Três perguntas para: Viviane Pessoa

Hotelier News: A hotelaria de Salvador passou por momentos difíceis em 2020 e, após uma tímida melhora, sofreu os impactos da segunda onda. Para o Gran Hotel Stella Maris, como foi esse processo?

Viviane Pessoa: Nós ficamos na primeira fase da pandemia fechados de março a setembro. Para nossa grata surpresa, no retorno tivemos uma recuperação dos números de forma mais rápida do que o imaginado, inclusive colhemos bons resultados nos meses de outubro e novembro, então em dezembro começaram os sinais da segunda onda, que nos impactou fortemente, impactando o período que teríamos resultados que poderiam compensar os meses de paralisação. Até hoje estamos patinando numa ocupação baixa tanto durante a semana quanto aos finais de semana. A segunda onda está sendo muito dura para nós, visto que tínhamos a esperança de uma recuperação na primeira temporada.

HN: Como o trade da capital baiana se mobilizou e se uniu para superar os desafios? Houve alguma iniciativa por parte dos hoteleiros?

VP: Eu penso que o trade se mobilizou de forma conjunta para garantir a viabilização de protocolos sanitários que passasse uma imagem de seriedade nos empreendimentos turísticos como um todo, não apenas hoteleiros. Acho que foi importante para que os possíveis hóspedes tivessem uma impressão de segurança e que estamos preparados para receber turistas. A hotelaria se mobilizou de forma forte nesse sentido e com certeza foi um fator relevante na retomada.

HN: Por outro lado, o estado vem apresentando boa dinâmica de vacinação, o que promete restabelecer a normalidade. Quais as expectativas para este ano?

VP:  Estamos otimistas com esse momento de retomada e acreditamos que a recuperação virá a partir de julho de forma robusta. Estamos preparados para isso, com mão de obra treinada, pacotes competitivos e descontos promocionais para atrair o público, fazendo uma forte divulgação. Acredito que há uma demanda reprimida por conta do sentimento de necessidade de relaxar, vivenciar momentos com a família e de qualidade de vida. Nosso produto está diretamente relacionado a isso por ser um resort beira mar, com spa, espaços abertos, e atividades de esportes e lazer. Então, a prerrogativa nesse período é esperançosa e vamos buscar atingir resultados animadores. A retomada não será rápida, mas imaginamos que a partir do meio do ano teremos mais motivos para comemorar.

(*) Crédito da foto: arquivo pessoal