Sílvia Albuquerque é carioca, mãe de um casal e apaixonada por praia, viagens e pela família. De gosto musical variado, a diretora regional da GL events no Rio de Janeiro gosta de reggae, passando por Música Popular Brasileira e os clássicos do rock.

Atuando há dez anos na multinacional francesa, está à frente da gestão da Jeunesse Arena e do recém-inaugurado Lagune Barra Hotel. Em sua trajetória, liderou a nova estratégia de parcerias nos shows nacionais da arena e já promoveu mais de 100 apresentações de artistas nacionais e internacionais, como Beyoncé, Green Day, Maroon 5, Backstreet Boys, Eric Clapton, entre outros.

Formada em Administração e Marketing pelo Centro Universitário da Cidade, a executiva é a convidada de hoje (18) do Hotelier News em mais uma sessão do Três perguntas para. No bate-papo, ela fala sobre as estratégias, expectativas e metas do Lagune Barra Hotel. Confira!

Três perguntas para: Sílvia Albuquerque

Hotelier News: A GL events assumiu a operação do Lagune Barra Hotel recentemente, há pouco menos de dois meses. Sendo assim, quais as expectativas e planos da empresa para a gestão do empreendimento?

Sílvia Albuquerque: O mercado está novamente aquecido, com agendas que vão desde o entretenimento a eventos corporativos e congressos técnico-científicos. O hotel foi construído em 2015 e a companhia decidiu reabrir aproveitando a retomada do setor de eventos, como um complemento essencial para apoio à cadeia, sobretudo eventos vindos de fora.

O hotel tem localização estratégica na Barra da Tijuca. A região conta com outros empreendimentos que dependem do Riocentro, então por que não operarmos nosso próprio hotel? A sugestão foi do nosso CEO global, que fica em Lyon, na França, que certamente está antenado em oportunidades como essa em outros espaços que administramos.

A GL Events faz a gestão de mais de 53 equipamentos em 27 países e o Lagune marca o começo da operação no setor hoteleiro. Conhecemos com profundidade o que a indústria de eventos precisa, como ela se articula, o que ela impulsiona. Temos uma equipe do setor hoteleiro bem preparada e um ótimo departamento de manutenção, porque já utilizamos nos demais espaços. Portanto, ter um hotel a serviço dessa cadeia de eventos vai ser importantíssimo para o seu desenvolvimento e para a economia do Rio de Janeiro.

HN: Em outro momento, você mencionou que o hotel traz uma nova proposta para a região, oferecendo design, experiência e custo benefício. De qual forma o empreendimento pretende imprimir este modelo?

SA: O Lagune tem uma infraestrutura de cinco estrelas, mas vamos operar na categoria midscale. Reabrimos o hotel com preços econômicos, para ser democrático e receber desde o turista de negócios até famílias de férias.

O hotel conta áreas confortáveis e uma vista incrível para as lagoas de Jacarepaguá com a Pedra Bonita ao fundo. Estamos apostando também no day use para aqueles que vêm curtir os eventos da região da Barra e Zona Oeste, inclusive com pacotes para os shows da Jeunesse Arena ou Rock in Rio, por exemplo.

HN: Para este ano, quais as principais metas e desafios do Lagune Barra Hotel?

SA: Estamos animados, o calendário de eventos está bem robusto. Somos um hotel oficial do Rock in Rio e a ocupação está em quase 90%. Receberemos artistas, marcas, equipes de produção. Faremos festas em parceria e meeting point.

A expectativa é de que o Riocentro – nosso centro de convenções que fica no mesmo complexo – esteja com a agenda comparada a patamares de 2019 a partir de 2023. Na programação, já estão confirmados uma das maiores feiras de armamento do mundo – a Laad Defense & Security, festivais como Web Summit Rio e a Bienal Internacional do Livro Rio, Super Rio Expofood, além de congressos médicos como a Semana do Aparelho Digestivo e o Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia, e eventos corporativos de grande porte.

Também receberemos shows e eventos importantes na Jeunesse Arena, como o UFC, que confirmou sua edição em janeiro, depois de 2 anos fora da cidade, devido à pandemia. E, claro, seremos o hotel oficial do UFC.

O desafio é justamente operar independentemente dos eventos. E para isso, estamos fazendo contatos com o mercado, apresentando o espaço para agentes de viagens e outros públicos de interesse, além de um contato comercial muito forte com o universo corporativo – o que já tínhamos em função do Riocentro. Temos uma boa entrada com os principais clientes que demandam hospedagem na cidade e por certo a oportunidade de hospedar seus executivos com um prédio cinco estrelas com valor mais econômico é um grande atrativo e ótima vantagem competitiva.

(*) Crédito da foto: Divulgação/GL events