Entre no escritório da Amarante Hospitalidade e lá estará ele com sua xícara de café. Sim, Pedro Carvalho e bebida formam uma simbiose interessante no ambiente de trabalho da rede nordestina, conhecida e reconhecida pelas suas criaturas e eficientes campanhas de marketing digital. É seu combustível para pensar e colaborar com as ações da empresa no mundo online.

Convidado do Hotelier News na sessão de hoje (14), o gerente de Brand & Media da Amarante Hospitalidade contou um pouco mais sobre como a empresa toma decisões para se comunicar com o mercado – e atrair clientes. “A pandemia acelerou o processo de digitalização de todo o mercado”, avalia o executivo, publicitário de formação e que está há seis anos na rede pernambucana.

“Ao mesmo tempo que colaborou com a nossa estratégia de distribuição direta digital, elevou a exigência do consumidor por omnicanalidade e, também, por uma experiência de compra sem fricção”, acrescenta Carvalho, que gosta de jogar videogame nas horas vagas e maratonas setores. Ah, muitas vezes com uma xícara de café para acompanhe! Boa leitura!

Três perguntas para: Pedro Carvalho

Hotelier News: A Amarante Hospitalidade é uma empresa data driven? Como isso se reflete nas campanhas de digital? 

Pedro Carvalho: Entendo que estamos no caminho. Para muitas áreas, os dados são abundantes e acessíveis. Ainda estamos pavimentando o caminho para que possamos colher no futuro os frutos de decisões baseadas em dados. Hoje, nossa maior dificuldade é conseguir visualizar e qualificar toda a jornada do consumidor, do awareness à fidelização. Momentos específicos, como o de awareness e conversão, têm uma ampla gama de dados acessíveis e confiáveis.

No entanto, temos vários pontos cegos na jornada do consumidor, especialmente nas interseções entre as áreas. Estamos atualmente implementando soluções que ajudam a minimizá-los e que devem garantir um maior potencial de otimização da experiência. É importante frisar que muito do que construímos de inteligência em monitoramento ao longo dos anos é barato e acessível, mesmo para empreendimentos de pequeno porte. A cultura vem antes das ferramentas.

HN: Quase na mesma pergunta, o que a Amarante Hospitalidade percebeu de mudanças no comportamento do consumidor e que passou a adotar em suas estratégias de digital? Por que?

PC: A pandemia acelerou o processo de digitalização de todo o mercado. Ao mesmo tempo que colaborou com a nossa estratégia de distribuição direta digital, elevou a exigência do consumidor por omnicanalidade e, também, por uma experiência de compra sem fricção. O consumidor médio já faz as compras da padaria ou do verdureiro com atendimento em tempo real via WhatsApp e pagamento via Pix. Proporcionar essa experiência de compra sem fricção nos mais diferentes canais de atendimento em um negócio de alta complexidade como o nosso é o próximo passo. Garantir o atendimento em tempo real ao consumidor em canais como WhatsApp e inbox de redes sociais, oferecendo um processo de conversão simples e com uma ampla variedade de meios de pagamento é o nosso maior desafio.

HN: E o offline, morreu? O que fazer nesses canais?

PC: O próprio conceito de offline está com os dias contatos. Já não existe uma separação clara entre offline e digital. Mesmo o investimento em mídias mais tradicionais já traz componentes de digitalização que qualificam o monitoramento e otimização destas ações. Vide a grande popularização dos QR codes nas propagandas de TV e mídia impressa. Não temos investimento em mídia offline desde 2014, algo até então estranho para o mercado, mas que tem se tornado cada vez mais comum. Hoje, capitalizamos o pioneirismo nas ações de marketing digital, o que nos garante uma comunidade relevante e engajada, verdadeiramente apaixonada por nossas marcas. De toda forma, à medida que crescemos, canais mais tradicionais podem passar a fazer sentido para a nossa estratégia. Só não fazem hoje.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Amarante Hospitalidade