De abril de 2020 para cá, quando Paulo Roberto Caputo participou pela primeira vez da série Três perguntas para, muita coisa mudou. Seja no cenário da pandemia ou até mesmo nos negócios da Atrio Hotel Management, é fato que nada está como há mais de um ano atrás.

Com a vacinação ganhando tração e o mercado hoteleiro recuperando seus sinais vitais, a expectativa é de um segundo semestre promissor. Já para a operadora, que lançou sua startup voltada para o segmento de short-term rental, a Xtay, o momento é de expansão.

O CEO da rede também deu sua visão sobre quais tendências previstas no início da pandemia foram, de fato, consumadas.

Confira a entrevista na íntegra.

Três perguntas para: Paulo Roberto Caputo

Hotelier News: A Atrio agora conta com a Xtay, startup voltada para o segmento de short-term rental. Com o início de operações em São Paulo, quais os próximos passos? Quais os pré-requisitos para incluir novos destinos ao portfólio?

Paulo Roberto Caputo: A Xtay está crescendo como esperávamos, com unidades contratadas e iniciando operações em São Paulo, Curitiba, João Pessoa e Palhoça, na grande Florianópolis. Os destinos que buscamos são as capitais, com foco naquelas aonde a oferta de studios e apartamentos compactos é maior. Também estamos vislumbrando boas oportunidades em cidades turísticas.

HN: A operadora também anunciou a gestão de empreendimentos que não fazem parte da parceria com a Accor. De que forma a empresa vem traçando seus planos de expansão?

PRC: A Accor é e continuará sendo nossa grande parceira de desenvolvimento de hotéis, especialmente nas categorias econômica e midscale. Já no segmento de luxo, teremos as duas possibilidades, empreendimentos com marca Accor, como o Grand Mercure Rayon de Curitiba, ou que utilizem sua própria marca, com gestão Atrio.

HN:O que esperar de 2022? Quais tendências apontadas no início da pandemia estão se concretizando?

PCR: 2022 deverá ser um ótimo ano, no caso da Atrio, melhor que 2019. O desafio será recuperar a diária média para fazer frente ao aumento dos custos, que foram expressivos. Em relação a pandemia vejo claramente: 1- os eventos, de um modo geral, voltam muito forte; 2- O turismo nacional ganha um espaço permanente; 3- as viagens de negócios diminuem em quantidade, mas ganham em duração. Me preocupa a oferta de voos, que afeta especialmente o corporativo e o turismo de eventos. Já o turista a lazer, que consegue comprar com antecedência, é menos afetado.

(*) Crédito da foto: arquivo pessoal