Santista de nascença, criação e “coração”, Mayra Vieira está longe de Santos (SP) há mais 20 anos, mas leva a cidade no coração. Atualmente em São Paulo, a executiva deixou a função de gerente do Slaviero Ibirapuera na última semana e ainda faz mistério sobre seus próximos passos profissionais. No entanto, a paixão por novas culturas e costumes não esconde que o desafio a seguir será, com certeza, no turismo.

Além de ter a paixão por viajar como bússola, Mayra é fascinada por livros e tem uma minibiblioteca em casa. Em seu top três de leituras obrigatórias, a profissional inclui ” Mulheres Que Correm Com Os Lobos”, de Clarissa Pinkola Estés; “Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago; e “A Bailarina de Auschwitz”, de Edith Eger.

Com passagens Accor, Slaviero Hotéis, Grupo Mendes e Transamérica Hotels Group, Mayra Vieira têm vasta experiência como gerente geral. Além disso, a participante de hoje (1) da sessão Três perguntas já lecionou em cursos de governança, recepção e eventos no Senac São Paulo.

Três perguntas para: Mayra Vieira

Hotelier News: Com o retorno ainda lento do mercado corporativo, como você observa os níveis em São Paulo? Qual o público predominante atualmente?

Mayra Vieira: O avanço da vacina no estado de São Paulo e a retomada dos eventos, acreditamos em uma melhora significativa na ocupação. Porém, ainda “engatinhando” no retorno do posicionamento da diária média, esta sim ainda em passos bem lentos. O cliente antes da pandemia era corporativo. Identificamos que devido a restrição dos eventos, o hóspede atual é o próprio paulistano ou até mesmo vindo do interior e outros lugares próximos a capital. Este cliente necessita sair, está em homeoffice, cansado. porém sair com segurança. Ele não aguenta ficar mais em casa. Por este motivo se hospeda na própria cidade. Ainda enxergo grandes dificuldades pela frente.

HN: A volta dos eventos anima o segundo semestre da hotelaria paulistana. Já existem reservas para os próximos meses? Quais estratégias para captar o público?

MV: Ainda em ritmo moderado pois a retomada foi divulgada oficialmente agora em agosto, estava (e ainda está) tudo muito incerto. A pandemia não acabou, muitos ainda estão aguardando a segunda dose da vacina. Uma estratégia na captação de público é oferecer valor agregado ao cliente, flexibilizar os contratos, porém, oferecendo vantagens para grupos por exemplo. Hoje os hotéis precisam de caixa, isso pode ser uma estratégia interessante, isto é, flexibilizar negociações para manter o cliente.

HN: Em geral, qual a perspectiva para retornar aos níveis pré-pandemia? Somente em 2022? Para o segundo semestre, qual a expectativa de resultados?

MV: A expectativa do Turismo em SP é a retomada em 2022. Falo em expectativa, pois realizar qualquer previsão é extremamente complicado, ainda estamos em um cenário incerto. Segundo especialistas, isso deve depender diretamente do ritmo da vacinação contra a Covid-19.

(*) Crédito da foto: Arquivo pessoal