Manoel LinharesLinhares atua em diversas entidades ligadas ao setor hoteleiro

Reconhecido pelo seu papel como articulador dos interesses da hotelaira nacional em Brasília, Manoel Linhares é uma figura emblemática no setor. Reeleito como presidente da ABIH-Nacional no ano passado, Linhares tem passagem por diversas entidades ligadas ao trade e não poderia ficar de fora da série Três perguntas para do Hotelier News.

Empresário e empreendedor dos ramos de hotelaria, construção civil, postos de combustíveis e mercado imobiliário, o cearense ostenta 22 anos de experiência no segmento de hospedagem. Além de estar em seu segundo mandato na ABIH Nacional, também cumpre – pela segunda vez – mandato como presidente do SindHotéis Ceará. 

Casado, pai de três filhos e apaixonado pelo setor de hospitalidade, Linhares ainda faz parte da diretoria da ABIH-CE (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Ceará); do Skal Nacional e do Skal Fortaleza; além de integrar o Conselho do Fórum de Turismo e Conselho de Turismo de Fortaleza; Conselho Empresarial de Turismo da CNC; Conselho Regional do Sesc Ceará; Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Eventos do Ceará e Conselho Municipal do Trabalho de Fortaleza.

Para o executivo, o associativismo é sinônimo de organização dos setores, formando profissionais e empresas bem preparados que contribuem para o desenvolvimento do país.

Três perguntas para: Manoel Linhares

Hotelier News: Como a ABIH Nacional está se planejando ao lado dos associados para a retomada? Quais ações estratégicas estão sendo desenvolvidas?

Manoel Linhares: O setor de hotelaria e o turismo como um todo foram fortemente impactados pelos efeitos da pandemia e suas atividades estão praticamente paralisadas. Diversos hotéis, pousadas e outros pequenos meios de hospedagem estão fechando as portas por todo país. No momento, o mais importante é tomar medidas práticas para diminuir os compromissos financeiros dessas empresas para preservar sua atuação e os empregos que geram. Nesse aspecto, temos destacado que a fixação de maiores prazos para o pagamentos dos tributos – ou mesmo sua redução – em todos os níveis é fundamental para diminuir as despesas num momento de crise aguda como este. Estamos pleiteando  também que as autoridades diminuam a burocracia para a liberação de financiamentos através de bancos públicos e privados, além de prorrogar por mais 180 dias a desoneração da folha de pagamento.

HN: Como será a hotelaria pós-pandemia? O que vai mudar nas operações e relacionamento com os hóspedes?

ML: A questão principal que se colocará, depois de passarmos pela pandemia, é a segurança biológica. Normas técnicas e padrões estão sendo definidos por grandes redes de hotelaria junto à Anvisa e procedimentos rígidos terão que ser seguidos. Daqui para frente, para atender a esse novo hóspede, os cuidados deverão se redobrar com medidas de higienização mais intensas. A nova hotelaria terá que oferecer segurança que seus métodos garantirão que seus ambientes fiquem livres de qualquer possibilidade de contaminação.

HN: O que o Brasil pode aprender com os mercados internacionais para a retomada das atividades?

ML: O que estamos vivendo hoje era algo que ninguém imaginaria há apenas dois meses e meio atrás. Então, todos os destinos mundiais, inclusive os dez maiores, não só estão revendo suas políticas, mas estão traçando novas. Pelo que se analisa neste momento, o mercado deverá ter como principal foco da sua retomada o turismo interno, uma vez que as viagens desse tipo são mais acessíveis e proporcionam maior sensação de segurança ao turista. Portanto, para o Brasil, a hora de construir nosso futuro com crise ou sem crise é agora e essa pode ser a oportunidade para tornar mais eficiente e competitivo nosso ambiente de negócios e assim, quando for à hora, retomarmos com força total ao nosso principal objetivo: encantar nosso viajante seja de onde ele vier.

(*) Crédito da capa: Divulgação/ABIH-Nacional

(**) Crédito da foto: Arquivo HN​