Mineiro apaixonado pelo Rio de Janeiro e mais ainda pelo Recreio dos Bandeirantes, bairro que mora desde 2013, Lúcio Serabion começou sua trajetória profissional em uma agência de turismo. Filho de um dos pioneiros do turismo de Belo Horizonte, cresceu dentro desse meio, em viagens, congressos e famtours. Gostou tanto da área que cursou uma faculdade de Turismo e cargos operacionais. Assumiu uma posição de assistente da gerência em um dos hotéis da Accor de Belo Horizonte, onde considera sua verdadeira escola na hotelaria.

Depois disso, assumiu posições de gerência em unidades da rede Bristol e posteriormente retornou para a Accor, mas com uma mudança radical para o Rio de Janeiro, comandando dois hotéis simultaneamente (Mercure Leblon e Mercure Botafogo). Em 2015, retornou à Bristol com a missão de inaugurar seu primeiro empreendimento na capital fluminense e mais recentemente fazendo a conversão do mesmo para o Go Inn RJ Lapa da Atlantica Hotels.

Do seu lado pessoal, gosta de desfrutar da natureza junto com a família – esposa e um filho de 15 anos. Praticante de musculação, mantém um estilo de vida saudável, com gostos musicais alternativos entre heavy metal e punk rock.

Três perguntas: Lúcio Serabion

Hotelier News: O Carnaval sempre foi uma data muito importante para o turismo carioca. Como foi este ano e como a marca trabalha para suprir a demanda?

Lúcio Serabion: Com certeza é uma data que norteia o presente e o futuro do brasileiro, é quase um senso comum dizer que o ano só começa depois do Carnaval, não é mesmo? Porém, esse ano como em outros aspectos foi bem diferente. Tivemos que repensar como seria essa época tão importante para o nosso setor e já estávamos preparados para um resultado bem abaixo do normal, tal como aconteceu no Réveillon, porém tivemos o feriado e com isso nossa ocupação ficou dentro da expectativa de 50% mas, abaixo da média dos hotéis da zona sul, já que o perfil do turista era o que procurava basicamente sol e praia, pois o tradicional Carnaval da região da Lapa não aconteceu.

HN: Com restrições no setor do turismo, o que o público do hotel hoje busca ao se hospedar?

LS: Com a pandemia, o público ficou ainda mais exigente, buscando meios de hospedagem que sigam à risca os protocolos de segurança, mas sem deixar de exigir qualidade nos serviços, instalações e também preço. Não adianta focar apenas em um desses itens, o cliente tem o poder, contando com muitas ferramentas na palma da sua mão, podendo comparar hotéis, definindo de forma rápida onde vai fazer sua reserva de acordo com suas preferências.

HN: Quais as projeções para 2021 e o que esperar com a chegada da vacina?

LS: Como já esperado, 2021 será apenas o primeiro ano de uma recuperação lenta, pois a pandemia afetou negativamente nosso setor de forma profunda, tivemos muitas demissões e isso não se reverte da noite para o dia e nem de um ano para outro. Em um primeiro momento mudamos nossos protocolos de atendimento e operação e esse ano estamos mudando todas as estratégias financeiras, comerciais e marketing para assim nos adaptar a essa nova era pós-pandemia. Consigo enxergar alguma recuperação mais expressiva a partir de 2022.

(*) Crédito da foto: Arquivo HN