A Viva Enjoy hoje vive o momento de retomada, com destaque para o turismo de lazer e interiorano e o aguardo para a volta efetiva dos eventos. E quem acompanha de perto o movimento é Juliana Betti, atual diretora comercial do grupo.

Formada em Administração de Empresas com especialização em Gestão Pública e em Administração de Eventos, a profissional já passou pelas áreas de saúde, eventos e atuou até mesmo como chefe de gabinete em Sorocaba.

Casada há 17 anos, é mãe da Beatriz (16 anos) e do Bruno (2 anos). Apaixonada por política, vinhos e um bom papo, suas preferências musicais atravessam o rock, reggae e MPB. Se considera ainda uma entusiasta do empreendedorismo e do empoderamento feminino, sempre buscando atualizações por meio do networking e estudo. Atualmente, também se classifica como uma “ex-workaholic”, pois além do trabalho, hoje valoriza o tempo para a família, o ócio e o lazer.

Três Perguntas para: Juliana Betti

Hotelier News: Como ficam as atividades de lazer durante a pandemia e que reflexos ela deixa para o setor como um todo?

Juliana Betti: A pandemia nos ensinou que adaptabilidade é essencial para qualquer tipo de negócio. Com a restrição de aglomeração de pessoas e considerando a necessidade de seguir todos os protocolos de segurança da OMS (Organização Mundial de Saúde), a área de hotelaria, eventos e turismo, precisou criar maneiras seguras de prestação de serviço. Todas as áreas comuns passam por higienização constante; atividades com monitores acontecem com limite de pessoas; uso de álcool em gel no início e final de cada atividade é obrigatório; uso de luvas e kits individualizados também e sempre respeitando o distanciamento. Atividades como passeio à cavalo, voo de balão, paraquedismo, city tour, trilhas e passeios náuticos acontecem normalmente, porém com agendamento para espaçamento entre os grupos evitando aglomeração de pessoas. Algumas atividades em locais fechados também estão acontecendo com número menor de público como é o caso da visita ao aquário Acquamundo Guarujá ou a pista de skate em Itu (SP). De uma forma geral, a pandemia deixa reflexo em todos os setores. Para se ter uma ideia, o turismo responde hoje por 3,71% do PIB do país e a perspectiva é de que a atividade econômica do setor deva cair 39% apenas neste ano de 2020. Isso impacta diretamente os sete milhões de brasileiros empregados no setor. Todavia, a recuperação após a vacinação e fim do isolamento social é certa. Lenta, mas certa!

HN: A pandemia também trouxe mudanças muito grandes para o setor de eventos. O que ainda é preciso para garantir a retomada do corporativo e como reconquistar a confiança do público?

JB: Embora o isolamento social venha sendo uma das principais medidas preventivas para evitar a proliferação do novo coronavírus, após nove meses entre isolamento 100% e parcial, as empresas estão enxergando a necessidade da realização de encontros e os eventos começam a acontecer novamente. Para garantir que essa retomada aconteça de forma segura é preciso seguir algumas orientações extras como: controle do fluxo de entrada de pessoas, redução do fluxo de colaboradores, reforço na higienização, descontaminação constante dos ambientes, espaços maiores e abertos preparados para o distanciamento e disponibilização de materiais de higiene e EPis. O uso de tecnologia para eventos híbridos também se torna um aliado nesta retomada.

HN: Quais as mudanças provocadas no setor, pensando em medidas paliativas, dado o contexto de pandemia, e o que veio para ficar, mesmo com a chegada da vacina?

JB: Uma das principais mudanças no setor sem dúvida são os eventos híbridos e online, que vieram para ficar. Durante a quarentena milhões de pessoas trabalharam no formato home office e as reuniões virtuais através de videoconferência se tornaram uma ferramenta indispensável. Embora alguns eventos já eram transmitidos pela internet, essa tendência da videoconferência para congressos, webinars e palestras digitais se multiplicou transformando a área de eventos corporativos para sempre.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Viva Enjoy