João Cazeiro entrou para o time da Livá Hotels em plena pandemia e com uma difícil missão: desenvolver novos negócios em uma empresa que ainda dava seus primeiros passos. Criada para oferecer gestão especializada no segmento de multipropriedade, a operadora já fechou seus primeiros contratos e tem planos ambiciosos para expandir sua presença de mercado em 2022.

Formado em Turismo com ênfase em Hotelaria pela Anhembi Morumbi, Cazeiro também assumiu a área de Novos Negócios na Atrio Hotel Management, grupo que encabeça a Livá. Antes de chegar à empresa, o executivo tocava sua própria consultoria voltada ao segmento de multipropriedade e timeshare.

Com passagens pela Blue Tree Hotels, GJP Hotels & Resorts e RCI, João Cazeiro fala sobre os desafios de operar empreendimentos robustos como os fracionados e perspectivas para a rede em 2022.

Três perguntas para: João Cazeiro

Hotelier News: A Livá Hotels chegou ao mercado para suprir a falta de operadoras focadas no setor de multipropriedade. Quais as principais diferenças e desafios do segmento frente a gestão de hotéis tradicionais?

João Cazeiro: Nosso principal desafio e diferencial é a gestão do condomínio da multipropriedade, pensando em todas as pontas. Com isso, vamos trabalhar para gerir a expectativa desse proprietário, desse cotista que fez a aquisição de um produto que é investimento para ele mesmo, com usufruto, pensando nas férias. Nós vamos mostrar que é possível fazer uma gestão que, literalmente, entrega hospitalidade, diversão e alegria. O proprietário precisa ficar satisfeito com a decisão.

HN: O primeiro contrato da empresa foi assinado este ano com o Lagoa Eco Towers. Quais as expectativas de expansão para 2022?

JC: O Lagoa Eco Resort (GO) foi o primeiro e, logo na sequência tivemos o Capivari Ecoresort (PR). Hoje, já temos dois outros contratos bastante avançados e que devem ser assinados nos próximos dias, localizados nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. Para 2022, de um lado, queremos ampliar portfólio, claro. Nossa expectativa é somar 13 projetos assinados e operando – um deles, com mais de 1 mil apartamentos. De outro, queremos consolidar nossas operações. Ou seja, além de abrir novas frentes, estar em mais lugares com mais projetos. Queremos que a empresa se consolide e seja reconhecida da forma como foi pensada e criada. Para isso, inclusive, estamos bastante focados na completa estruturação e capacitação do time, com novas contratações, além de investimentos relevantes em infraestrutura e tecnologia.

HN: O que a Livá Hotels traz de diferencial para as operações após tantas mudanças geradas pela pandemia?

JC: De forma bem objetiva, nosso diferencial é levar alegria, diversão e uma gestão hoteleira com baixo custo, que é um modus operandi que está no DNA da Atrio e, certamente, agrega valor aos nossos projetos. Nós queremos espaços que, além do retorno financeiro, fisicamente sejam reconhecidos por oferecer muita alegria, personagens, histórias, shows, espetáculos. Sem dúvida alguma, estrutura e lazer são olhados como prioridades em todas operações. Sem falsa modéstia, nós queremos ser a marca lembrada por todas as famílias quando elas pensarem em ir para um resort. Nós seremos a certeza de um bom projeto, a garantia de que se é Livá, é bom. E isso é totalmente possível, viável. O Brasil está aquecido – e se manterá assim no pós-pandemia. As pessoas já estão viajando mais e o aquecimento está aparecendo, os destinos nacionais estão ganhando relevância. O brasileiro está conhecendo mais o Brasil.

(*) Crédito da foto: Nayara Matteis/Hotelier News