Uma das marcas registradas da Bourbon Hotéis & Resorts é traçar seus planos de expansão de forma orgânica e cautelosa. E durante a pandemia não foi diferente. À frente da diretoria de Operações e Desenvolvimento, Igor Camaratta conta ao Hotelier News como a rede vem elaborando suas implantações e aberturas diante da crise.

O executivo assumiu o cargo em agosto de 2019 e afirma que a empresa colocou o pé no freio em 2020 visando dar toda a assistência necessária aos investidores e parceiros. “Zelamos por essa parceria, então focamos em atender investidores parceiros. Agora, começamos a traçar novos rumos com planos de expansão mais arrojados”, explica.

Formado em Administração Estratégica e de Empresas, Igor Camaratta colaborou com grandes nomes da hotelaria como Blue Tree Hotels, Meliá, além dos 15 anos na Atlantica Hotels. “São quase 21 anos no setor. Se for contabilizar todos os empreendimentos que passei em minha carreira, totalizam mais de 70 pelo Brasil”, relembra.

Com a rotina intensa de hoteleiro, o profissional tem a corrida como sua válvula de escape. “Meu hobbie é correr de duas a três vezes por semana. É algo que consigo fazer independente do lugar onde eu esteja”.

Três perguntas para: Igor Camaratta

Hotelier News: Como estão os planos de desenvolvimento da Bourbon para 2021? Existem unidades em pipeline para este ano?

Igor Camaratta: A Bourbon sempre cresceu de forma orgânica, fazendo negócios com amigos, parceiros e nunca pensando apenas na aceleração dos números. Qualidade é algo importante para nós e como pode ser visto durante a pandemia, não fomos atrás de novos negócios que surgiram. Preferimos atender os prédios que já temos contrato e nunca perdemos nenhum firmado. Zelamos por essa parceria, então focamos em atender investidores parceiros. Agora, começamos a traçar novos rumos com planos de expansão mais arrojados. No primeiro semestre de 2021, teremos a abertura do Rio Hotel by Bourbon São Paulo Barra Funda e Rio Hotel by Bourbon Maringá. O ano começa com novidades, além do início das obras do Rio Hotel by Bourbon Chapecó. Essa é uma marca que tem se fortalecido e é interessante para os new buildings. Temos ainda dois projetos em pipeline fechados, sendo um deles no Nordeste, que será a estreia da Bourbon na região e o pontapé inicial para a abertura de novos mercados. Ainda em implantação, também teremos o Grand Bourbon Alphaville.

HN: Além dos protocolos, o que muda nas operações das unidades? O que foi abolido e o que veio para ficar na rede?

IC: Tivemos uma série de mudanças, lembrando que o setor sempre teve esse cuidado com limpeza e higienização. Redobramos os cuidados e acredito que isso veio para ficar. Outra questão forte foi a quebra de paradigmas e rompimento de barreiras. Na hotelaria como um todo tivemos que nos reinventar, fazendo mais com menos. Reduzimos custos de mão de obra e financeiros e continuamos entregando com a mesma qualidade de antes. Fizemos as adaptações respeitando a legislação trabalhista, prezando pela multifuncionalidade que é uma essência da hotelaria e da Bourbon. Acredito que essa reinvenção ficará marcada na nossa história nesse ano complexo que foi 2020.

HN: Sua diretoria é também responsável pela qualidade e criação de novos produtos de acordo com o perfil dos hóspedes. O que o mercado pode esperar da Bourbon no pós-pandemia?

IC: Nossa diretoria vem trabalhando muito a questão do timeshare. Temos duas salas, uma no Bourbon Cataratas do Iguaçu Resort e outra no Bourbon Resort Atibaia há um ano e meio. Durante a retomada, temos vivenciado resultados interessantes do lazer e o timeshare nos surpreendeu. Internamente, brincamos que o lazer dos anos 80 está voltando com força, que são famílias viajando de carro a curtas e médias distâncias. Isso fortaleceu as vendas e vamos investir cada vez mais nesse segmento.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Rede Bourbon