O capixaba Gustavo Guimarães tem 55 anos, é casado, tem um casal de filhos e é encantado pelo associativismo, por entender que as iniciativas coletivas são a força motriz para atingir conquistas individuais. Nas horas vagas, gosta de cuidar do sítio e viajar com a família, sempre em busca de novas experiências.

Guimarães é graduado em Geografia pela UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) e atua na hotelaria desde 1984. Atualmente, o profissional ocupa a presidência da ABIH-ES (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Espírito Santo). Além disso, é fundador da Associação de Hotéis de Guarapari, cidade onde está instalado seu empreendimento, a Guarapousada.

Na sessão de hoje (26), o Hotelier News recebe Guimarães para uma conversa sobre as perspectivas do estado para a retomada do setor.

Três perguntas para: Gustavo Guimarães

Hotelier News: Na retomada do turismo, quais medidas têm sido adotadas para que o Espírito Santo se torne um destino tão relevante nacionalmente quanto os demais da região Sudeste?

Gustavo Guimarães: Não só na retomada, mas a ABIH-ES vem mantendo, já há vários anos, parcerias com operadoras de turismo e agentes de viagem através da realização constante de famtours em conjunto com outras entidades ligadas ao turismo capixaba no sentido de entender que eles são grandes fomentadores de destinos e resultados para os hotéis.

Realizamos ainda ações pontuais em emissores de maior potencial para envolver esses parceiros, promovendo capacitações seguidas da degustação da famosa moqueca capixaba.

HN: Hoje, pode-se dizer que a hotelaria do estado já gera lucros maiores ou equivalentes a 2019? Ou a recuperação total fica para 2022?

GG: Estamos a poucos pontos percentuais de alcançar 2019, que foi um ano de consolidação de retomada da economia nacional após uma crise enfrentada, sobretudo pela hotelaria, desde 2014. Acreditamos que com o avanço da vacinação e a constante queda nos índices de contaminação e mortes, teremos um grande restado já a partir do próximo mês de dezembro de 2021.

HN: No cenário atual, com alta nas tarifas das passagens aéreas, o turismo de proximidade pode ser considerado o maior impulsionador da retomada no estado?

GG: Desde a retomada das movimentações da atividade turística temos observado que a primeira “onda” de turistas estava se deslocando em família, de carro próprio e em um raio de cerca de 350km do destino.

Esses dados vêm expandindo a partir de uma escala de tempo e distâncias, em forma de espiral, já envolvendo boa recepção de turistas até de origens mais distantes, como o Rio Grande do Sul, por exemplo.

Pela posição centralizada do estado do Espírito Santo, sempre tivemos uma das mais baixas tarifas aéreas do país. Isso facilita a formatação de pacotes atrativos e com a oportunidade de apresentarmos as belezas capixabas aos brasileiros das mais diversas regiões.

(*) Crédito da foto: Arquivo pessoal