Uma formação acadêmica bem em linha com o que empresas de tecnologia buscam no mercado de trabalho. Experiência de mais de 10 anos na indústria de viagens e sólidos conhecimentos em RM (Revenue Management). Ah, claro, alguns anos de trabalho no Brasil, o que lhe rendeu um portunhol quase perfeito. Pois este é Gonzalo Pozo, convidado do Hotelier News de hoje (11) no Três perguntas para.

Há um ano e meio na OYO, o executivo é atualmente vice-presidente de Revenue da OYO LATAM. Natural do Peru, Pozo lidera toda estratégia de Distribuição, RM, Data Science e Vendas da rede indiana na América Latina. “Observamos grande espaço para o crescimento exponencial do segmento de reservas online no país. No caso da OYO, mais de 50% das reservas já são feitas online, uma média muito positiva para o mercado, que denota o aumento do nosso reconhecimento pelos brasileiros”, avalia.

No bate-papo, Pozo destacou como a OYO está buscando posicionar seus hotéis no mercado brasileiro e apontou os caminhos que a rede vem apostando na estratégia de Distribuição. “O fato de estarmos em diversas OTAs nos auxilia a ter maior visibilidade com nosso público final, já que são plataformas presentes há mais tempo no mercado brasileiro, e nos dá a chance de continuarmos investindo de forma estratégica em nossos canais próprios”, revela o executivo, para quem o momento é mesmo de estar no maior número de prateleiras possível.

Três perguntas para: Gonzalo Pozo

Hotelier News: O baixo número de reservas online feitas no Brasil é uma oportunidade ou uma barreira? Por quê? 

Gonzalo Pozo: Com certeza uma oportunidade. O Brasil é um país extremamente conectado, sendo o terceiro colocado no ranking em que as pessoas passam mais tempo em aplicativos, apesar de todas as barreiras socioculturais, ultrapassando gigantes como Coreia do Sul e Índia. Observamos grande espaço para o crescimento exponencial do segmento de reservas online no país. No caso da OYO, mais de 50% das reservas já são feitas online, uma média muito positiva para o mercado, que denota o aumento do nosso reconhecimento pelos brasileiros. O online também abre uma excelente porta para nós, pois conseguimos entender melhor como os brasileiros se informam e qual é a melhor forma de chegar até eles.

HN: Em meio à baixa demanda atual, o que é melhor: estar no maior número de prateleiras possível ou vender direto? Por quê?

GP: Aqui na OYO, temos em mente que os dois tipos de vendas são importantes e proporcionam retorno, de formas distintas, claro, mas ainda assim positivas. O fato de estarmos em diversas OTAs nos auxilia a ter maior visibilidade com nosso público final, já que são plataformas presentes há mais tempo no mercado brasileiro, e nos dá a chance de continuarmos investindo de forma estratégica em nossos canais próprios, a fim de garantirmos ao hóspede uma experiência diferenciada de qualidade, com apresentação de sugestões adequadas a cada perfil, programas de fidelidade e relacionamento mais próximo.

HN: Ainda na mesma pergunta, o que a OYO vem privilegiando no momento? Por que essa estratégia?


GP: Neste momento, é importante para nós estarmos em diferentes prateleiras para conseguirmos alcançar mais visibilidade e, consequentemente gerar mais ofertas a um público maior, com o intuito de fomentar a retomada do turismo de forma segura e responsável para nossos parceiros e hóspedes oferecendo estadias com o selo Limpeza Certificada. Além disso, é importante ressaltar que estamos sempre atentos e somente investindo no que nos é rentável, ou seja, estamos sendo muito criteriosos na escolha de nossas OTAs parceiras para que possamos dosar os benefícios para o hóspede (preços mais acessíveis, excelentes condições de pagamento entre outros), ao mesmo tempo que protegemos a lucratividade dos nossos hoteleiros, para que eles também não se prejudiquem com promoções ou condições não vantajosas para todos.

(*) Crédito da foto: Divulgação/OYO