Cabeça pensante à frente do Restaurante Mina, do Six Senses Botanique, Gabriel Broide descobriu sua paixão pela cozinha aos 17 anos. Seu primeiro emprego foi como lavador de pratos em um restaurante e o convívio diário com cozinheiros e toda a atmosfera do ambiente gastronômico despertou o amor do chef pelas panelas.

Casado, pai de duas meninas e praticante de boxe, Broide, de 40 anos, acumula 23 anos de experiência no setor, sendo 16 deles como chef. Natural de São Paulo, o profissional atuou ao lado de chefs de renome internacional, como Laurante Saudeau, com quem trabalhou por dois anos, Alex Atala, onde de alguns deu seus primeiros passos na gastronomia, como estagiário e, depois, em um momento mais maduro, e também com Daniel Bouloud, em seu restaurante em Nova York.

Em sua carreira, também atuou como personal chef. Fez da culinária brasileira de vanguarda sua marca registrada, ao mesclar técnicas clássicas e modernas, além de prezar pelo foraging (prática de colher alimentos nativos), uma dos pilares do Mina.

Três perguntas para: Gabriel Broide

Hotelier News: No início do ano, a bandeira Six Senses passou a integrar a operação do hotel. Quais foram as principais mudanças no A&B desde então? E como foi a adaptação aos novos moldes?

Gabriel Broide: Quando o Six Senses entrou na operação do Botanique, o que foi mais marcante e característico da bandeira são as experiências que a marca propõe. O hotel funcionava mais voltado para o café da manhã, almoço e jantar e nos vimos num modelo de propor novos momentos aos hóspedes. Começamos a fazer piqueniques, jantares na adega, jantares decorados nos quartos, degustação de cachaças e vinhos, voz e violão em volta da fogueira, etc. A principal diferença é como o A&B passou a oferecer não só a alimentação, mas tudo o que envolve aquele momento.

HN: O Botanique tem como essência uma cozinha mais leve e orgânica. Você acredita que a pandemia elevou a procura por esse perfil de gastronomia? Qual foi o movimento observado no empreendimento?

GB: Sempre prezamos por uma cozinha leve, orgânica e local. A pandemia elevou a procura pelo turismo interno e esse perfil de gastronomia é algo muito moderno e atual, onde as pessoas estão preocupadas não só com a beleza do produto, mas sua procedência e manuseio. Eu acredito que sim, essa demanda aumentou, o que para nós foi ótimo, visto que já fazíamos esse tipo de culinária há muitos anos.

HN: O ano que vem promete ser de grandes movimentações no setor hoteleiro. Como estão as expectativas? Novidades estão em desenvolvimento para o A&B do Botanique em 2022?

GB: O ano promete muitas movimentações e as expectativas são altas. Acreditamos que com a abertura de fronteiras e a nossa moeda desvalorizada, muitos estrangeiros chegarão ao Six Senses. Assim como o turismo interno não deve desaquecer, pois o brasileiro descobriu muitas coisas boas por aqui. Estamos preparados para receber esses hóspedes e obviamente teremos muitas novidades, que ainda não podemos falar. Então, fica a deixa para as grandes experiências que estamos preparando.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Six Senses Botanique