A curiosidade em conhecer novos lugares e culturas foi o principal fator que levou Felipe Marconi a cursar a faculdade de Turismo. E foi este mesmo impulso que o fez se interessar pelo cargo de concierge, conhecido como detentor das chaves da cidade e que terá um papel fundamental na retomada do setor.

Natural de Umuarama (PR), o profissional de 28 anos integra a equipe do WK Design Hotel, inaugurado ao final de 2020, em Florianópolis. Formado pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marconi trabalhou por quatro anos no Belmond Hotel das Cataratas, em Foz do Iguaçu, nas áreas de Guest Services, Concierge e Guest Relations.

Sempre atuando no atendimento direto ao cliente, estagiou como Relações Públicas da Itaipu Binacional, usina hidrelétrica pertencente ao Brasil e Paraguai. “Foi certamente o pontapé inicial para que eu me interessasse pelo atendimento ao público”, conta.

Sobre o retorno do turismo na capital catarinense, Felipe Marconi afirma que o concierge precisará estar mais atento do que nunca. “Há uma importante missão de acompanhar o mercado turístico e as tendências do pós-pandemia. É preciso estar sempre atualizado em relação a quais estabelecimentos ainda estão operando, quais os novos horários de funcionamento e principalmente se estão, ou não, seguindo os protocolos”.

Abaixo, você confere a entrevista na íntegra.

Três perguntas para: Felipe Marconi

Hotelier News: Qual será o papel do concierge na retomada hoteleira?

Felipe Marconi: Acredito que o papel do concierge na retomada hoteleira será fundamental, pois é o responsável pelas “chaves” da cidade. Há uma importante missão de acompanhar o mercado turístico e as tendências do pós-pandemia. É preciso estar sempre atualizado em relação a quais estabelecimentos ainda estão operando, quais os novos horários de funcionamento e principalmente se estão, ou não, seguindo os protocolos indicados pelos órgãos de saúde. O concierge deve ser um papel de confiança, onde os hóspedes podem seguir suas recomendações sem se preocuparem com qualquer inconveniente.

HN: Quais as principais mudanças nas demandas dos hóspedes perante o novo momento do mercado?

FM: Os clientes estão cada vez mais exigentes em suas demandas, muitos estão viajando pela primeira vez após meses de isolamento e buscam aproveitar ao máximo cada momento da viagem. Para que isso se torne possível, a grande maioria está optando por atividades e passeios privativos, além de estabelecimentos que garantam a segurança sanitária. A procura pela cultura local também vem aumentando de forma notável, e tendo isso em vista, estamos investindo cada vez mais em produtos que atendam essa demanda. Como exemplo, podemos citar a nossa carta de vinhos com diversas opções oriundas da serra catarinense, nossa carta de drinks que é assinada pelo nosso head bartender Crystian Vieira, composta por diversos drinks autorais e que foram nomeados com gírias e palavras do vocabulário local e utilizam ingredientes da região. Também não podemos deixar de mencionar nosso chef Felipe Silva, que é nascido em Florianópolis e pôde contribuir muito para o menu contemporâneo com características de pratos locais do Restaurante Osli, localizado dentro do WK Design Hotel.

HN: Como está o retorno do turismo em Florianópolis? Já é possível vislumbrar uma retomada consistente no segundo semestre?

FM: Apesar de estarmos no inverno, é notável o aumento na demanda hoteleira com relação aos primeiros meses do ano de forma consistente. Este aumento é impulsionado também devido ao número de pessoas vacinadas ser cada vez maior. Combinando o avanço da imunização com a chegada das estações mais quentes, é possível sim vislumbrar uma retomada do turismo em Florianópolis para o segundo semestre.

(*) Crédito da foto: arquivo pessoal