Natural de Recife, Edna Ribeiro se considera uma pessoa família, do tipo mãezona, que gosta de cuidar de todos. Não é por acaso que a gerente geral do Nobile Suites Executive dedicou sua vida profissional à hotelaria. Disciplinada, a executiva divide sua rotina entre o trabalho, filho, marido e atividades físicas.

Formada em Turismo pela Escola Técnica Federal de Pernambuco, Edna começou a trabalhar no setor há 23 anos e nunca mais saiu. Em sua carreira, fez diversos cursos voltados ao segmento, como Administração de Empresas, MBA em Gestão Financeira, Controladoria, Auditoria, além de outro MBA em Direito Empresarial, Tributário e Trabalhista.

À frente do empreendimento da capital pernambucana, a gerente fala sobre os desafios para 2022, expectativas para o retorno do corporativo e os impactos do cancelamento do Carnaval.

Três perguntas para: Edna Ribeiro

Hotelier News: O governo de Pernambuco cancelou as festas de Carnaval no estado, inclusive as particulares. Recife tem como tradição receber muitos turistas nessa época do ano. O Nobile Suítes Executive sentiu queda de demanda com os decretos? Cancelamentos e remarcações foram solicitados?

Edna Ribeiro: A repercussão econômica, social e cultural de uma decisão como esta promove uma desaceleração brusca em todas as atividades de entretenimento. A ocupação hoteleira já estava acima de 70% confirmada quando veio o decreto, afinal Recife é uma cidade de talento incontestável no Carnaval. Como tem sido o dia a dia dessa pandemia, buscamos nos reinventar, atrair outros segmentos de viajantes, flexibilizar o número mínimo de diárias entre outras ações para que possamos superar mais essa fase. Ainda há tempo para reação!

HN: O calendário de 2022 será minguado de feriados, o que deve afetar parte das ocupações. Quais estratégias o hotel vem redesenhando para não sair no prejuízo?

ER: Recife sempre foi um polo de lazer, serviços, comércio, tecnologia, inovação e demais vertentes econômicas. Apesar de não ser o ano dos feriados prolongados, existe a oferta local de shows e eventos, feiras, congressos e demanda do mercado corporativo que acontece normalmente de segunda a quinta-feira. Existem também outros nichos menores, mas não menos relevantes como núpcias, entre outros.

HN: E quanto ao corporativo? Empresas voltaram a viajar para Recife? Quais as expectativas para o primeiro semestre?

ER: O público corporativo tem em Recife um grande polo de atração de negócios, além do nosso aeroporto possuir um dos principais hubs para outros centros de grande relevância no mercado nacional. Em 2022, apesar da situação de restrição, somos otimistas na retomada do corporativo, agregado aos congressos que a cidade recebe durante o ano inteiro, além do turismo rodoviário que também teve seu aumento. Falamos em um primeiro semestre bastante acelerado, com perspectivas bastante favoráveis ao setor como um todo.

(*) Crédito da foto: arquivo pessoal