Com mais de 20 anos de experiência na área Comercial do Turismo e Hotelaria, Carolina Mogames é diretora de Vendas da Belmond para a América do Sul. A profissional se apaixonou pelo setor em sua passagem pelos EUA, onde estudou e morou por sete anos.

Atuou no mercado norte-americano em importantes players do turismo na Flórida e, no Brasil, desenvolveu sua carreira na hotelaria. Carolina acumula passagens por departamentos como Reservas, Eventos e Vendas, sempre na área Comercial orientada por resultados.

Sua trajetória é composta por colaborações em grandes redes como Blue Tree Hotels, Atlantica Hospitality International e Bourbon Hotéis e Resorts, além de empreendimentos independentes como Paradise Golf Resort e Hotel Unique.

Em entrevista ao Hotelier News, a diretora compartilhou números dos hotéis da Belmond no Brasil e perspectivas para os empreendimentos em 2022.

Três perguntas para: Carolina Mogames

Hotelier News: Qual a previsão de fechamento para 2021 nos empreendimentos da Belmond no Brasil?

Carolina Mogames: Ambos os hotéis nós já batemos o budget previsto. No Rio de Janeiro, vamos fechar 10% acima do previsto, em R$ 47 milhões em hospedagem, o que foi muito surpreendente, porque nós tínhamos uma expectativa muito conservadora, mas o mercado brasileiro é extremamente resiliente e nos presenteou com esses resultados. Tivemos que limitar nossa ocupação, então estamos trabalhando com uma ocupação média de 75% após a flexibilização. Logo, nosso crescimento foi muito mais em receita.

HN: O setor de luxo foi um dos menos afetados em termos de diária média. A Belmond conseguiu crescer no indicador?

CM: Nós crescemos em números significativos de diária média. Inclusive, o que percebemos é que o cliente de luxo está disposto a pagar mais para ter tranquilidade e segurança. Então, acreditamos que o segmento não sofreu tanto, pois os viajantes buscam lugares em que se sentissem seguros com protocolos. Fomos no caminho oposto, nossas diárias subiram consideravelmente, em média de 40% nos dois hotéis.

HN: A hotelaria de luxo está atrelada a muitas experiências. De que forma os hotéis Belmond buscam inovar suas entregas aos clientes em um cenário pós-pandêmico?

CM: Estamos vindo muito fortes em nosso reposicionamento e isso vem muito atrelado a experiências gastronômicas. No Rio, temos dois restaurantes com estrela Michelin. Estamos trazendo experiências com chefs, menus degustação, cortes nobres de carnes, a volta da tradicional feijoada e brunch de domingo. Nossas experiências buscam trabalhar o hotel como destino, explorando tudo que o empreendimento tem a oferecer.

(*) Crédito da foto: Nayara Matteis/Hotelier News