Ariane Mathne tem como hobbies a prática da yoga e meditação. Além disso, a gerente geral do Mercure Boulevard Belém, empreendimento administrado pela Atrio Hotel Management, tem o hábito de maratonar séries nas plataformas de streaming nas horas vagas.

A profissional é graduada em Turismo pela UFPA (Universidade Federal do Pará) e possui MBA em Marketing pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Com 22 anos de experiência na hotelaria, iniciou no segmento como telefonista, se estabilizando na área de vendas até chegar à gerência geral. Ariane está à frente do hotel paraense há cinco anos.

Na sessão de hoje (20) do Três Perguntas, o Hotelier News recebe a gestora, que fala sobre os desafios na retomada do setor. Confira!

Três perguntas para: Ariane Mathne

Hotelier News: Nos últimos meses de 2021, você mencionou que a ocupação do hotel já está se aproximando dos níveis pré-pandemia. Para este ano, quais são as perspectivas? Há uma tendência de continuidade dos bons indicadores?

Ariane Mathne: Sim, o ano começou muito bem em termos de ocupação, mas precisamos melhor a diária média, que será nosso principal desafio em 2022.

HN: Quanto à demanda corporativa, qual o panorama atual? Houve aumento neste sentido ou o segmento de eventos ainda deve enfrentar dificuldades?

AM: Tivemos um dezembro histórico no hotel, fruto de demanda corporativa que não parou, mesmo em um mês considerado fraco para o segmento. Como janeiro começou aquecido, acreditamos que o volume deve se manter alto. Temos a ameaça da variante Ômicron, que pode reprimir esta demanda, caso atinja um nível descontrolado. Neste sentido, acreditamos que conseguiremos uma performance bem mais significativa no segundo semestre deste ano.

HN: Como o hotel tem agido para manter o equilíbrio na relação diária média x aumento de custos operacionais?

AM: Fizemos uma verdadeira engenharia, desde de troca de fornecedores e prestadores de serviço, renegociação de contratos com os atuais, aquisição de amenities com refil (que reduz os valores gastos com as embalagens tradicionais, diminuindo o custo de reposição diária), até entrada no processo homologação de poço artesiano. Com relação à diária média, tivemos a grande maioria das contas corporativas com solicitação e manutenção da tarifa (o que era bem aceitável dentro do cenário) e isso fez com que o desafio fosse maior para atingir uma diária média satisfatória.

Então, focamos na flutuação inteligente, com acompanhamento diário de demanda. Conseguimos romper nossa barreira, nosso temor de não vender diárias mais altas, e quando constatamos que era possível, passamos a ter ocupação alta por um preço saudável.

(*) Crédito da foto: Reprodução/LinkedIn