Pai de duas meninas — Lívia e Anne —, Allan Sztokfisz vê nas filhas um dos principais refúgios de diversão e desestresse. Quando não está com elas, o CEO da startup Charlie aproveita para ouvir rock e flashback, além de também se interessar por livros relacionados à startups ou história.

O executivo traz três livros como indicação de leitura: “A regra é não ter regras”, de Reed Hasting, “O lado difícil das situações difíceis”, de Bem Horowitz, e “História da riqueza no Brasil”, por Jorge Caldeira.

Com formação na Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), Sztokfisz também tem passagens longas por hotéis em São Paulo. É essa expertise que Allan utiliza para crescer com o Charlie, empresa do guarda-chuva do grupo HX.

Desde o final de 2019 no mercado, a empresa já soma três empreendimentos em administração — na hotelaria — e planeja terminar o ano com mil quartos na plataforma. Uma das principais abordagens da companhia é o mercado de longstay, apostando em clientes de temporada e residentes.

Uma vez mais, Allan Sztokfisz aceitou uma conversa com a reportagem do Hotelier News, desta vez na seção Três perguntas para. Conheça um pouco mais sobre ele:

Três perguntas para: Allan Sztokfisz

Hotelier News: Com a meta de chegar a mil quartos até o final do ano, a startup pretende focar em algum mercado específico no futuro? Como ser diferente de marcas mais consolidadas? E o short-term rental?

Allan Sztokfisz: Para atingir esse número, seguimos buscando novos parceiros incorporadores que entregarão empreendimentos e eventualmente tenham estoque, além de apostar em conversões de hotéis e prédios para retrofit. Para esse ano, foco nas capitais do Sul e Sudeste. O short-term rental é um dos principais vetores de crescimento do Charlie, diferenciando-nos no mercado pelo nosso histórico grande no setor imobiliário e hoteleiro em São Paulo, assim como foco em operações maiores/concentradas, que possibilitam uma eficiência operacional, uma melhor experiência ao cliente e, consequentemente, rentabilidade ao investidor.

HN: O Grupo HX, que abriga o Charlie sob seu guarda-chuva, sempre fará parte das “conversões” envolvendo a plataforma? No que consiste essa estratégia?

AS: Via de regra, não. O Fortune Residence, que atualmente está sob gestão do HX Hotels, é um empreendimento com incrível potencial, dada a sua localização excepcional. Porém, para seguir os padrões do Charlie há necessidade de adaptações em sua estrutura, tanto das áreas comuns como das unidades. Dessa forma, enquanto não conseguirmos implementar essas melhorias, utilizaremos as marcas HX.

HN: Como funciona essa ideia de ser “parceiro das redes hoteleiras”? De quais formas o Charlie pode ser considerado uma ajuda à hotelaria brasileira?

AS: Vemos duas oportunidades hoje: a primeira está na distribuição, pois a hotelaria trata de hospedagens de curtíssimo prazo. Conseguimos então agregar com nossos canais, que possibilitam estadias mais longas, trazendo uma receita inexistente hoje. Depois, outra forma de auxiliar o setor é na operação, já que temos tecnologia que contribui na redução de custo e proporciona eficiência operacional.

(*) Crédito da foto: Arquivo Pessoal