Alexandre Moura é um grande fã de MPB (Música Popular Brasileira) e gosta de ouvir artistas como Chico Buarque e Cartola. Como indicação, o gerente geral do Hotel Glória Caxambu (MG) deixa o documentário Eduardo Coutinho – Santo Forte, que relata a história e carreira do documentarista brasileiro.

Moura é graduado em Hotelaria e Turismo e atualmente é pós-graduando em Gestão Hoteleira e Gastronômica pelo Senac-MG. Hoje (6), o Hotelier News recebe o profissional em mais uma sessão do Três perguntas para, na qual fala sobre os desafios da retomada das atividades no pós-pandemia. Confira!

Três perguntas para: Alexandre Moura

Hotelier News: Como o hotel tem performado em termos de diária média neste período de retomada? As tarifas têm conseguido acompanhar este processo ou ainda operam abaixo?

Alexandre Moura: Nós temos uma grande preocupação de não entrar em uma guerra tarifária, para que não soframos baixas nesses valores, porque uma vez que os preços caem, não conseguiremos, em curto e médio prazos, elevá-los proporcionalmente ao aumento dos custos operacionais. A economia não vai bem, o PIB do país é negativo, mas automaticamente não podemos ter nossas diárias abaixo dos custos, e isso é sempre um grande desafio. Com isso, temos procurado equalizar essas despesas oferecendo maior conforto para os nossos hóspedes. As tarifas não têm conseguido, ainda, acompanhar o processo de retomada, mas eu diria que já estamos bem próximos, visto que operar com a tarifa baixa significa prejuízo em dobro para os hoteleiros.

HN: Você acredita que o turismo de proximidade, no qual o hotel se destaca, será uma tendência em alta também no pós-pandemia?

AM: O que eu tenho percebido é que há uma inclinação de crescimento dessa tendência do turismo, com ações desenvolvidas por diversos órgãos. Os destinos que possuem infraestrutura viária e de equipamentos normalmente têm um desempenho muito bom. Como estamos localizados próximo a Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, acredito que estejamos muito bem posicionados neste sentido. O turista regional tem ajudado a alavancar as ocupações nos meios de hospedagem e é uma tendência crescente, ainda mais se considerarmos o alto valor das tarifas aéreas.

HN: Para 2022, quais os principais objetivos e projetos do hotel? Há planos de expandir a estrutura para atender à alta da demanda?

AM: Sem dúvida, aumentar o share junto aos eventos híbridos, que vieram para ficar. Os hotéis precisam investir mais nesse segmento. Também pretendemos realizar investimentos na nossa estrutura de lazer, porque há uma tendência de os hóspedes permanecerem cada vez mais tempos nos meios de hospedagem e, com isso, precisamos ter uma estrutura ainda mais completa para atender a esta demanda, a fim de garantir a comodidade de quem nos visita.

(*) Crédito da foto: Arquivo pessoal