Com perfil majoritariamente corporativo, o mercado curitibano já sente os primeiros sinais de recuperação, mesmo que ainda longe dos índices pré-pandêmicos. No caso do Transamerica Prime Batel, as mudanças de público foram latentes, o que vem colaborando para a retomada da ocupação e RevPar.

No início da crise, o empreendimento do THG (Transamerica Hospitality Group) paralisou suas atividades apenas em abril de 2020, reabrindo em maio do ano passado. Apesar do fechamento, a unidade manteve seus canais abertos e, com o princípio de demanda retornando, a gestão optou por arriscar. “Em março tivemos muitos cancelamentos e nenhuma nova reserva. Assim como outros hotéis, fechamos em abril. Notamos que havia uma procura para maio com empresas solicitando cotas para mensalistas”, pontua Luis Felipe Lopes, gerente geral do Transamerica Prime Batel.

Durante o mês de paralisação, o hotel aproveitou a falta de hóspedes para alinhar seus protocolos sanitários e regras operacionais. Os funcionários saíram de férias e, em maio, o desempenho foi acima do esperado – chegando a 16,7% de ocupação.

“Julho de 2020 foi o pior mês desde a reabertura. Em agosto, começamos a sentir alguma melhora, que se confirmou nos meses seguintes. Já em novembro e dezembro tivemos uma nova queda. Com a chegada da segunda onda em março, Curitiba implementou novas restrições de circulação, o que acabou nos prejudicando”, destaca Lopes.

Transamerica Prime Batel - luis felipe

Lopes: julho deve ser o melhor mês desde a reabertura

Transamerica Prime Batel: mudanças na retomada

Atualmente, a capital paranaense impõe restrições de 70% de ocupação da oferta total dos empreendimentos. Segundo o gerente, ao contrário de julho de 2020, este mês tem tudo para ser o mais otimista desde o início da pandemia. “Em maio e junho chegamos na casa dos 37% de ocupação. Para julho, a projeção é de alcançarmos os 50%”.

E os números só são possíveis pela mudança no perfil de público. A unidade vem hospedando famílias, vindas principalmente de São Paulo e Santa Catarina. “Estamos com um perfil de lazer que acredito ser consequência das férias escolares e da vacinação avançada. Nossa localização é o diferencial, pois estamos ao lado do shopping Pátio Batel e dos melhores restaurantes de Curitiba”, diz Lopes.

Acompanhando a concorrência de perto, o gerente salienta que o Transamerica Prime Batel vem batendo bons índices de RevPar. Segundo o profissional, empreendimentos midscale da região estão com o indicador na faixa dos R$ 80, enquanto o hotel performa com R$ 90.

“A maioria das nossas reservas vem da Booking, responsável por 25% das vendas e é destaque entre as OTAs. Nosso canal direto é proporcional, com 25% de comercialização também. Em outras plataformas, como Expedia, a demanda é menor”, afirma Lopes.

Perspectivas

Para o segundo semestre, as projeções de recuperação começam em setembro. O feriado do Dia da Independência é uma das apostas do hotel para o período, após as previsões de baixa com o fim das férias escolares em agosto. “Esperamos manter essa evolução nos próximos meses. O corporativo também deve retornar em setembro e outubro, pois já temos alguma procura”.

Outra boa notícia é a liberação dos eventos na cidade. As demandas do setor, antes da pandemia, representavam cerca de 20% do faturamento da unidade. “Já estão liberando eventos para até 100 pessoas e acreditamos que a mudança deve impulsionar a retomada”, finaliza Lopes.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/THG