Com o longstay como principal estratégia para a retomada, a Louvre Hotels Group – Brazil se prepara para 2022. A rede liderada por Paulo Michel abriu novos empreendimentos este ano, como é o caso do Royal Tulip Holambra, no interior paulista, além de anunciar sua primeira operação no modelo de multipropriedade, em Canela (RS).

As perspectivas para o próximo ano são positivas e a rede já conta com cases de sucesso na retomada. O Tulip Inn Rio de Janeiro Ipanema registrou 100% de ocupação no feriado da Proclamação da República e está com 100% de seu inventário reservado até abril de 2022.

A Louvre segue as tendências de alta do setor, com dados de 60% de crescimento em seus 15 empreendimentos frente a 2020, batendo sua meta de receita para 2021 antes mesmo do início de dezembro.

Perspectivas para 2022

Sobre as projeções para o próximo ano, Paulo Michel fala sobre o retorno das demandas internacionais, a recuperação do segmento de luxo e os planos de expansão da rede.

1. Qual a perspectiva de crescimento do Louvre Hotels Group – Brazil para 2022?

O mercado está aquecendo e estamos vislumbrando oportunidades. Temos três novos hotéis já programados e estamos negociando mais alguns.

2. Quais estratégias o Grupo pretende implementar ou reforçar para consolidar bons números do turismo doméstico? Como incentivar o turista que planeja viajar neste ano?

Nossos hotéis estão em localizações estratégicas tanto para o público corporativo como para o lazer. O brasileiro está reaprendendo a conhecer o seu país e suas belezas naturais, culturais e gastronômicas. Nossos empreendimentos estão focados em proporcionar estas experiências aos seus clientes. Continuamos praticando todos os protocolos de proteção à transmissão do Covid-19 e, por isso, somos um porto seguro. O processo de vacinação no Brasil está avançando bem e, cada vez mais, a opção de viajar dentro do país é uma das mais seguras. Além disso, os valores das moedas estrangeiras ainda serão um inibidor das viagens ao exterior.

3. Os bons números de reservas para o Réveillon já materializam essa retomada? O Grupo já pensa no Carnaval?

Com certeza. Este final de ano será concorrido em praticamente todos os destinos que têm algum apelo para as festas. Existe uma demanda reprimida das pessoas em viajar, confraternizar e celebrar a vida com a família e os amigos. Nossa previsão é de que o Carnaval também trará excelentes resultados, considerando que não tivemos esta festa no ano passado e todos estão ávidos por comemorar a vida.

4. Você acredita que também haverá uma retomada do turismo internacional? O Brasil vai atrair os estrangeiros já em 2022?

As viagens de curta distância serão as preferidas por algum tempo, seja pela segurança, seja pelos valores financeiros. Aos poucos, a segurança de viajar internacionalmente volta a crescer no mundo. O Brasil, com seu processo de vacinação razoavelmente eficiente e quando comparado a outros países, tem grandes chances de atrair os estrangeiros mais rapidamente. É preciso fazer um trabalho de promoção internacional dos destinos turísticos do Brasil, mostrando isso, o mais breve possível.

5. Quais destinos devem ser as apostas de 2022, enfatizando estados e/ou cidades onde há hotéis do Grupo? Por quê?

Os destinos com apelo para lazer e que oferecem experiências culturais, gastronômicas e naturais são a bola da vez. As pessoas querem vivenciar novas experiências. Temos muitas regiões no Brasil com potencial, cidades históricas, nichos com colonizações estrangeiras onde se encontram outras culturas. É claro que Rio de Janeiro, Nordeste, Sul e São Paulo detêm uma fatia maior deste potencial pela sua oferta.

6. O turismo de luxo tem sofrido o impacto da pandemia? Por quê?

O turismo de luxo sempre teve mais foco em oferecer experiências diferenciadas, por isso,
sofreu menor impacto, pois foi uma das primeiras opções das pessoas que passaram a valorizar mais a celebração da vida em família e entre amigos.

7. O que é imprescindível observar quando o tema é o setor turístico em 2022?

Alguns fatores são fundamentais. É preciso que se pense no destino e não somente em um ou em outro empreendimento. As pessoas mudaram, o cliente tem novas expectativas. Por isso, a união dos agentes, sejam eles privados ou públicos, é fundamental para que se tenha um plano sustentável. Depois, precisamos ter políticas públicas voltadas para o setor e que o turismo seja realmente tratado como atividade econômica de grande importância, pela sua capacidade de gerar empregos e trazer divisas. Neste sentido, a promoção do país no exterior é imprescindível. E, por último, a formação de mão de obra voltada para o setor é um problema e precisa de solução rapidamente.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Louvre Hotels Group