Diz o ditado que a grama do vizinho é sempre mais verde, mas no caso dos nossos vizinhos hermanos, a máxima não vem sendo aplicada. De acordo com um estudo divulgado pelo WTTC (Conselho Mundial de Viagens e Turismo), o setor turístico caiu 41,1% na América Latina como um todo. E a hotelaria argentina é um exemplo disso. Empreendimentos do país seguem estagnados quando o assunto é gerar ocupação, de acordo com dados do STR.

Em linhas gerais, a América do Sul ainda patina em suas demandas. A região ultrapassou 20% de ocupação hoteleira em dezembro de 2020, graças à alta temporada de verão e festas de fim de ano. No entanto, a Argentina encerrou maio com o menor índice de quartos ocupados do bloco (14,4%). Os números estão bem abaixo dos registrados no Chile (42,7%), Peru (38,4%), Brasil (30,9%), Uruguai (30,0%) e Colômbia ( 25,0%).

Os contratos com mineradoras e outras atividades extrativas aumentaram a ocupação do Peru, especialmente em Lima, enquanto o Chile deu sinais positivos nos últimos meses com a ampliação da distribuição de vacinação.

STR: Argentina Provincial x Buenos Aires

Enquanto a Argentina está atrasada em geral, o país exibiu uma tendência semelhante ao resto da região, com destinos regionais apresentando desempenho superior impulsionado pela demanda doméstica. Ao mesmo tempo, cidades corporativas como Buenos Aires continuam a sofrer com o fechamento de fronteiras e restrições, bem como a falta de um segmento de Mice ou demanda internacional.

A Argentina Provincial, conforme definido pelo STR, registrou seu nível de ocupação mais alto (33,6%) durante a semana encerrada em 14 de fevereiro de 2021. Para efeito de comparação, nessa mesma semana, Buenos Aires registrou um nível de ocupação de apenas 12,2%. A segunda semana de fevereiro foi a de maior ocupação hoteleira do país e, como já se viu em outras regiões do mundo, a demanda concentrou-se nas províncias e zonas de praia, onde a ocupação foi o dobro da capital.

(*) Crédito da foto: Pixabay