Gradualmente, vemos a demanda retomar no Brasil, à medida que as medidas de restrição recuam e a vacinação avança. Dados do FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil) e da ABIH-BA mostram pequena evolução, mas definitivamente ela existe. Agora, como está na Europa, continente onde a segunda onda bateu forte e, como aqui, levou à implementação de lockdowns? Dados da STR, por exemplo, apontam para um cenário parecido.

Em maio, a hotelaria de Berlin ainda enfrentou sérias dificuldades, mas houve avanço frente aos meses anteriores. Mais ainda, os hotéis da capital alemã alcançaram os melhores indicadores absolutos desde outubro de 2020. Ainda assim, a ocupação segue inferior a 20% (a 17%) e, consequentemente, deixando o RevPar também em patamares baixos (€ 11,99). Por fim, a diária média permanece abaixo de € 100 (a € 70,53), ainda longe da média tradicional da cidade.

STR: Austrália

Já a Austrália vive o oposto do Brasil e da Europa, com patamares de ocupação bem mais altos. Melbourne é um bom exemplo disso, muito embora maio tenha registrado desempenho ligeiramente inferior a abril. De qualquer forma, os três indicadores avaliados pela STR foram os melhores desde março de 2020, sendo superados apenas pela performance do mês passado. Ao olhar para os dados diários, sextas-feiras e sábados, ajudados pela demanda do staycation nos finais de semana, têm os melhores números.

No geral, os hotéis de Melbourne fecharam maio com ocupação de 49,4%, patamar de dar inveja para toda hotelaria nacional – e europeia. Já a diária média ficou na casa de AUS$ 160,12, o que garantiu um RevPar de AUS$ 79,04 aos empreendimentos hoteleiros da capital australiana.

Por fim, em uma análise referentes às reservas para os hotéis da cidade nos próximos 90 dias, a previsão é que a ocupação fique acima de 34,6% no período que vai de 7 a 19 de junho. Na avaliação da STR, esse desempenho deve subir ao longo do mês, à medida que a vacinação avance em Melbourne, o que deve fazer com que o governo da província de Victoria flexibilize ainda mais as medidas de restrição.

(*) Crédito da foto: BernardoUPloud/Pixabay