A vacinação caminha a passos largos nos Estados Unidos e flexibilizações marcam o momento no país. É nesse cenário que, de acordo com a Guesty, a reserva hoteleira está com tempo de estada 14% menor (4,1 noites) para o verão, mostrando que o short-term rental volta aos níveis normais e reservas de longo prazo, presentes durante toda a pandemia, estão diminuindo conforme restrições caem por terra. As informações são da Phocuswire.

Para julho, o número de dias das reservas estão 14% menores, enquanto agosto e setembro mostram índices negativos de 19% e 7%, respectivamente, ante os mesmos períodos em 2020. Os dados levam em consideração resultados em companhias como Airbnb, Booking.com, Vrbo e Tripadvisor.

Além da ocupação mais curta, espera-se que os custos também sejam maiores frente 2020 para julho (29%), agosto (26%) e setembro (34%). Em termos gerais, o preço estará 30% maior com a junção dos retrospectos.

Ainda de acordo com a pesquisa, o maior público-alvo do segmento short-term rental será doméstico. Prova disso é que 90% das reservas são desse grupo.

Short-term rental no Brasil

Em território nacional, a comparação ainda não é cabível, segundo Gustavo Syllos, diretor de Marketing da B.Homy. O executivo cita que os momentos dos mercados são diferentes, tendo em vista que os norte-americanos, por exemplo, estão mais adiantados em termos de tamanho e profissionalismo.

“São empresas e anfitriões que são adaptados ao short-term rental e mais consolidados. Por conta disso, o reflexo da normalização — menos dias de estada — ainda não pode ser atribuído ao aluguel de curto prazo no Brasil”, diz. O retorno lento do mercado corporativo no país também mostra o significado diferente atribuído ao aluguel de curto prazo por aqui, na visão do executivo.

Além de fatores ‘naturais’ nortearem os momentos distintos de cada região, Syllos lembra que a vacinação também é essencial neste aspecto. “A exploração desta área depende de fatores externos e a imunização influencia na ascensão. É preciso, por fim, considerar a diminuição na janela de viagens, outro fator responsável pelo comportamento atual”, finaliza.

(*) Crédito da foto: Naomi Hébert/Unsplash