O setor de serviços avançou 1,2% em maio e, pela segunda vez em 2021, superou índices pré-pandemia. Agora, são dois meses seguidos com números positivo, resultando em alta acumulada — abril e maio — de 2,5%. No ano inteiro, a alta é de 7,3%. As informações são da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Contudo, os bons resultados de abril e maio não foram suficientes para recuperar a retração em março. Para os últimos 12 meses, o setor de serviços também apresenta variação negativa de 2,2%. O atraso na retomada, então, tem relação direta com a piora da pandemia no país. Em seguida, a implementação de mais restrições nos estados e municípios tirou o impulso das companhias. A hotelaria, por exemplo, foi um dos segmentos mais afetados neste período.

Das cinco atividades que a pesquisa cobre, três cresceram em maio. O segmento de transportes e serviços auxiliares aos transportes e correio tiveram os melhores resultados (3,7%), com o segundo maior peso no índice geral (32,8 pontos percentuais).

Setor de serviços

De acordo com Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, a expansão nos transportes tem relação com a queda no preço das passagens aéreas e aumento da demanda. “O transporte aéreo cresceu 60,7% em maio. Além disso, o segmento de armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio (3,6%), que também compõe a atividade, continua em ascensão. Contribuem para esse resultado as empresas de logística, as administradoras de aeroportos e as concessionárias de rodovias”, diz.

“O setor vinha mostrando boa recuperação, mas, em março, com um novo agravamento do número de casos de Covid-19, governadores e prefeitos de diversos locais do país voltaram a adotar medidas mais restritivas, afetando o funcionamento das empresas de serviços. Em abril e maio essas medidas começam a ser relaxadas e o setor volta a crescer”, complementa Lobo.

Em fevereiro, dados da PMS mostraram que o setor de serviços tinha aumentado os níveis em 1,2%.

Serviços: atividade turística

O índice de atividades turísticas teve expansão de 18,2% frente abril, sendo esta a segunda taxa positiva consecutiva para o segmento. No período, o acumulo positivo foi de 23,3%, algo que segundo Lobo, ajuda na recuperação da maior parte da retração em março.

“Esse avanço recente recupera o índice negativo de 26,5% em março, mês com maior número de limitações ao funcionamento de determinados estabelecimentos. Contudo, o segmento de turismo ainda necessita crescer 53,1% para retornar ao patamar de fevereiro do ano passado”, alerta.

(*) Crédito da foto: Andrea Piacquadio/Pexels