Após elevar sua oferta no Rio de Janeiro com a abertura de uma unidade em Copacabana, o Selina segue com seu plano de expansão no país. Na mira da rede estão empreendimentos independentes disponíveis para compra ou contratos de arrendamento, alguns deles com negociações em andamento em diferentes mercados no país.

Durante a pandemia, o Selina tomou decisões distintas dependendo da localidade de cada hotel. Na capital fluminense, por exemplo, apenas a unidade da Lapa foi paralisada, concentrando as demandas em Copacabana. Em São Paulo, a propriedade da Vila Madalena suspendeu suas operações, enquanto o prédio do Centro manteve-se em funcionamento, mesmo durante o período de maior restrição na capital paulista.

“Fechamos apenas quando os decretos pediram para paralisar as operações de A&B, por exemplo. Na Vila Madalena, tivemos duas semanas de ocupação nula e concentramos as demandas no Centro, que possui um perfil de hospedagens de longa duração e coliving”, explica Flávia Lorenzetti, head do Selina para o Brasil.

Já em destinos com forte potencial para o lazer, como é o caso de Florianópolis e Paraty (RJ), as unidades performaram com boas ocupações. “Esses hotéis também sentiram o impacto das restrições, mas com o aumento do work from anywhere, fizemos pacotes para hóspedes viajarem por todos os Selinas. Paraty, por exemplo, teve finais de semana cheios e Florianópolis foi a segunda melhor unidade da rede no mundo por dois meses seguidos”, revela a executiva.

selina - expansão em arrendamentos

 Flávia: rede vem sendo procurada por hoteleiros, mas também realiza prospecções

Selina: expansão

Com planos de expansão atrelados a fundos de investimentos, as previsões de crescimento da rede vem tomando novos rumos. A chegada da pandemia abriu portas para a empresa e muitos empreendimentos buscam o modelo de negócios como forma de sobrevivência. De acordo com Flávia, ainda este ano duas propriedades devem entrar para o portfólio, o que permitira à rede panamenha atingir 1 mil leitos no Brasil. “Muitos proprietários entraram em contato para fazer negócio. Temos seis propriedades em fase de negociação avançada, uma delas em Foz do Iguaçu (PR)”.

Além das demandas dos proprietários, o Selina também vem desenvolvendo suas próprias prospecções. Destinos no Nordeste, com destaque para Bahia e Ceará, estão na mira da rede e outros no litoral paulista. “Estamos olhando para os mercados de Salvador, Itacaré (BA) e Jericoacoara (CE), por exemplo. Estamos abertos para conversar com empreendimentos interessados em contratos de arrendamento e locação a longo prazo ou aquisição. Tudo vai depender da praça em questão”, pontua a executiva.

Entre os pré-requisitos para o fechamento de contrato estão o número de UHs, áreas comuns e A&B. “O DNA do Selina está nos espaços compartilhados, nas cozinhas comunitárias, coworking e interação entre pessoas. O número de apartamentos vai depender da demanda de cada destino”.

Ao absorver novas propriedades, a rede promove um retrofit para encaixar o prédio nos padrões da marca. Feito esse processo, um gerenciamento de tarifa é realizado. “Aplicamos os valores da rede que seguem uma linha global, sem muita variação e de acordo com cada praça”, finaliza Flávia.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Selina