Para tentar controlar a pandemia, o governo João Doria anunciou hoje (3) que todo o estado de São Paulo está na bandeira vermelha, a mais restritiva. Com isso, está permitido apenas o funcionamento de setores da saúde, transporte, imprensa e estabelecimentos como padarias, mercados e farmácias, além de escolas e atividades religiosas. Também considerados essenciais, hotéis podem operar. A medida começa sábado e fica em vigor até o dia 19 de março.

Com o retorno à fase vermelha, shoppings, academias, restaurantes, bares e comércios não podem funcionar. Eventos também estão proibidos, assim como congressos e feiras. A determinação ocorre após São Paulo bater recorde de mortos e de internados por Covid-19. Ontem (2), o estado registrou 468 mortes pela doença em 24h, maior número desde o início da pandemia. Já o número de hospitalizados em UTIs e enfermarias chegou a 16 mil, também o mais alto desde março de 2020.

“Estamos em São Paulo e no Brasil à beira de um colapso. Exige medidas coletivas e urgentes. Por este motivo nós estamos atendendo à recomendação do Centro de Contingência e reclassificando todo o estado de SP para a fase vermelha a partir da 0h de sábado”, disse Doria, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

Para entender melhor o que pode ou não funcionar durante a fase vermelha, acesse https://glo.bo/30n78wd.

Fase vermelha e a hotelaria

Embora a hotelaria esteja permitida de funcionar, a volta à fase vermelha deve atrasar ainda mais a já lenta recuperação do setor em São Paulo. Dados da ABIH-SP mostram que, no segundo semestre de 2020, a taxa de ocupação ficou em 24,4%. Na capital, onde ainda existe forte dependência do segmento Mice, o índice foi ainda mais baixo: 19,9%. Pode ficar pior? Pelo visto não só pode, como tende a ficar até que a pandemia seja totalmente controlada.

“Vai cair tudo de novo”, avalia Ricardo Roman Jr, em referência à demanda turística no estado. Ainda assim, o dirigente entende que a medida é necessária, dado os números recordes de mortos e internados. “Apoiamos qualquer medida do governo estadual que seja para proteger a vida e minimizar os riscos da pandemia para a população”, completa o presidente da ABIH-SP, em contato com o Hotelier News.

(*) Crédito da foto: Vinicius Medeiros/Hotelier News