Depois de uma performance fraca em julho, nada mudou em Salvador em agosto, apesar da alta nas buscas pelo destino, segundo dados da ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia). Observando o desempenho do mês passado, percebe-se que, apesar do reaquecimento do mercado, a taxa de ocupação da capital baiana foi de 23,71%, com diária média de R$ 206,76, com RevPar de R$ 49,03.

Os números ficaram abaixo dos verificados em julho, quando o mercado hoteleiro chegou aos 27,27% de ocupação e diária média de R$ 212,21, indicando que o ritmo de oferta foi superior ao de demanda por hospedagens.

No aeroporto de Salvador, o volume de passageiros vem subindo de forma tímida, porém progressiva. Mesmo representando apenas 8% do que o totalizado no mesmo período em anos anteriores, o número passou dos 33 mil em abril, para 40 mil em maio e 56 mil em junho. A retomada de voos ganhará mais força em setembro com a adição de 35% na oferta de assentos frente ao mês passado.

Atualmente, quase 100% dos passageiros são domésticos, porém, com o retorno das operações da TAP em setembro, JetSmart em outubro e Air Europa em novembro, Salvador já pode aguardar o retorno da circulação de turistas internacionais.

“Diante das restrições de deslocamento, temos percebido uma procura maior por parte do mercado doméstico neste primeiro momento. Entretanto, com a retomada das atividades e de alguns vôos, a tendência é que a partir de setembro o mercado nacional seja ampliado e haja a recuperação do internacional. A taxa de ocupação de 23,71% é ainda insuficiente para pagar os custos, para a maioria dos hotéis. E se considerássemos o conjunto de hotéis da amostra (abertos e fechados) a taxa média de ocupação de agosto seria ainda menor, 10,77%”, explica Luciano Lopes, presidente da Associação ABIH-BA.

ABIH-BA: primeiro semestre

Na primeira metade do ano, o movimento de passageiros no terminal baiano caiu 42,42% frente ao mesmo período em 2019, segundo dados da Vinci Airports. Comparando o movimento de abril a junho em relação ao ano passado, a queda vai para 91,36%.

A partir de de abril de 2020, a pesquisa considerou uma base nova de hotéis, contabilizando apenas os abertos. O levantamento é digital e os dados são fornecidos diariamente pelos hotéis ao Portal Cesta Competitiva. A média resultante constitui indicador para avaliar a evolução da atividade de hospedagem na capital baiana.

(*) Crédito da foto: Felipe Dias/Unsplash