A hotelaria de Salvador começa o segundo semestre de 2021, registrando ocupação de 48,87% em julho — melhor mês depois de janeiro (54,25%). As causas do reaquecimento, conforme levantamento da ABIH-BA (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis regional Bahia), incluem avanço da vacinação, abertura das praias, férias escolares no Sudeste e o maior número de voos.

Entre os destaques, o lazer apresentou o melhor desempenho geral, com boa taxa de ocupação aos finais de semana, principalmente. Até por isso, a diária média de Salvador passou de R$ 338,58 em junho para R$ 349,37 no mês seguinte. Já o Revpar de julho fechou em R$ 170,73.

De acordo com Luciano Lopes, presidente da ABIH-BA, embora os resultados sejam positivos, a taxa de ocupação ainda está aquém do registrado em anos anteriores à pandemia no mesmo período — 61,5% em 2019 e 62,17% em 2018. “Após tantos meses de dificuldades, os hoteleiros estão mais esperançosos. Finalmente a vacina está avançando no Brasil e seus efeitos já refletem nas estatísticas do turismo”.

Já em junho, a ABIH-BA havia detectado uma melhora progressiva dos resultados e previsto, de certa forma, um avanço nos índices já no primeiro mês do segundo semestre.

Cenário geral em Salvador

Segundo os dados Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), entre janeiro e junho de 2021, 2.129.892 mil pessoas embarcaram ou desembarcaram no Aeroporto de Salvador. Ao considerar o fluxo em junho (352.639 mil), o número de passageiros foi 32,9% superior aos passageiros de maio (265.388). Ao comparar com o mesmo período anterior à crise sanitária em junho de 2019, foram contabilizados 479.038 mil passageiros. O comparativo mostra a tendência de mais movimento nos próximos meses.

Para Luciano Lopes, presidente da entidade hoteleira, com a sinalização da possível realização do Réveillon e do Carnaval em Salvador, as expectativas são as melhores. “Esses eventos são essenciais para a promoção de Salvador, favorecendo o incremento do fluxo na hotelaria. A economia da capital baiana e o turismo dependem desse movimento”, cita o executivo.

Os números são fruto da Taxinfo (Pesquisa Conjuntural de Desempenho), realizada pelas ABIHs Nacional e Bahia.

(*) Crédito da foto: Felipe Dias/Unsplash