Em alemão, HAUS von Ritter significa “casa de Ritter”. Sem perder o DNA hoteleiro, o Ritter Hotéis transformou uma de suas torres em apartamentos em formato coliving em Porto Alegre. Em busca de expandir seu modelo de negócios, o grupo gaúcho aproveitou a crise gerada pela pandemia para se reinventar sem perder a tradição de 46 anos da empresa em meios de hospedagem.

A novidade foi lançada oficialmente na última segunda-feira (28) e opera em soft opening, aguardando seus primeiros moradores. O empreendimento de 237 UHs adaptou 130 apartamentos de um dos dois edifícios ao modelo, o que segundo Fernanda Estivallet Ritter, gerente geral da propriedade, não gerou nenhum tipo de custo. “Transformamos áreas do hotel como o salão de café da manhã em cozinha comunitária, além de modificar outros espaços de convivência. Usamos o que já tínhamos na estrutura para ser uma opção de moradia”, explica.

Com apartamentos prontos e decorados, os housers que chegarem poderão dar seu toque pessoal aos espaços. São três opções de acomodação equipados com banheiro privativo e janelões do chão ao teto. Além disso, todos contam com TV LCD a cabo, frigobar, secador de cabelo, cofre digital, cama box, ar condicionado split, fechadura eletrônica e móveis. Dentre as alternativas estão: studio com 22 metros quadrados, studio com sacada de 37 metros quadrados e studio com dois quartos com 30 metros quadrados. “O morador entra com seus objetos pessoais para montar sua própria decoração. Se for de interesse, existe a possibilidade de instalar uma copa no apartamento também”.

A segunda torre, onde foi implementado o coliving, teve seus espaços de convivência reformados junto ao centro de eventos. Os futuros moradores terão acesso a todos os serviços de hotelaria do Ritter pay per use, ou seja, pagando pelo que for de interesse de cada um. Na mensalidade, poderão ser inclusos serviços extra de camareira, café da manhã, garagem, lavanderia, enxoval com troca semanal, room service, desconto na hospedagem no hotel para familiares e amigos, entre outros.

“Os moradores terão acesso ao lounge e cozinha compartilhada. Já as áreas comuns do hotel serão de uso compartilhado também pelos hóspedes, mas com horários restritos. Os serviços extras poderão ser inclusos na mensalidade em pacotes personalizados de acordo com a necessidade de cada um”, destaca Fernanda.

A infraestrutura tem ainda rooftop com piscina com vista panorâmica para o Guaíba e jardim interno, além de acesso ao já existentes serviços do Ritter Hotéis, como restaurante, bar, centro de eventos, segurança, sistema de vigilância, recepção 24 horas, churrasqueira, biblioteca, playground, entre outros.

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Áreas comuns do hotel foram transformadas em espaços de convivência

Ritter Hotéis: canais de venda

Com contratos flexíveis, o HAUS inclui contas como aluguel, condomínio, IPTU, luz, água, gás, esgoto, internet wi-fi, TV a cabo e limpeza semanal em um boleto único da mensalidade. “Pensamos em personas mais jovens que buscam moradias mais sustentáveis para ocupar os apartamentos e que necessitam de flexibilidade. Não é necessário fiador e firmamos contratos de um, três, seis meses. O HAUS foi desenvolvido para quem precisa de soluções rápidas de acomodação”, salienta a gerente.

O tarifário foi baseado em mercados de coliving no Brasil, como São Paulo e Rio de Janeiro, mas sem deixar de lado o cenário na capital gaúcha. “Montamos tarifas especiais para os primeiros cinco moradores. A diferença de ter todos os serviços e contas na mensalidade sai 40% mais barato do que morar em um apartamento alugado. É um formato diferente da hotelaria com custos mais baixos”.

Em um primeiro momento, o Ritter vai trabalhar apenas com canais de vendas diretas e, possivelmente, em sites imobiliários. Em menos de uma semana de lançamento, Fernanda afirma que já existem interessados fazendo cotações. “O processo de compra é diferente de reservas de hotéis, mais lento. Os clientes namoram o produto antes de decidir”.

O HAUS foi pensado como incremento de faturamento de baixo custo em tempos de recessão do mercado hoteleiro. Em princípio, a empresa ainda não pensa em expandir os apartamentos para coliving. “Podemos crescer horizontalmente nas áreas de convivência. Esta foi uma forma de nos reinventarmos em um momento em que a hotelaria se mostra um modelo defasado. Entendemos que estava na hora de nos transformarmos acompanhando o mercado”, finaliza a gerente.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Ritter Hotéis