Setor que mais ganhou ritmo na retomada, os resorts conseguem respirar mais aliviados. Mesmo com os danos causados pela variante Ômicron e preços elevados das passagens aéreas, o segmento conseguiu bons resultados no primeiro trimestre de 2022. De acordo com a terceira edição do relatório Radar Resorts Brasil, publicado hoje (2) pela entidade, aponta que a ocupação de empreendimentos associados ficou em 60% no período — o que representa um salto de 15% frente aos três primeiros meses de 2020.

“Chegamos à terceira edição desse documento, que já é considerado um guia para o setor. Com o ‘Radar’, conseguimos apresentar dados consolidados e reunir todas as principais informações de desempenho em um só lugar, auxiliando a todos os associados a ter um panorama geral do mercado. É interessante acompanhar os dados do setor de forma a repensar as nossas estratégias”, afirma Marcelo Picka Van Roey, presidente da Resorts Brasil.

No acumulado do primeiro trimestre, o TrevPar chegou a R$ 1 mil, contra R$ 659 há dois anos. Já o TrevPOR foi de R$ 1.656, 32% acima dos R$ 1.255 em 2020. “O primeiro trimestre de 2022 representou um suspiro para o setor de resorts. Nos dois primeiros meses do ano, chegamos próximo à ocupação do período pré-pandemia mesmo com fatores como a Ômicron e a alta nos preços das passagens aéreas. Os resultados de TrePAR e TrevPOR se mostram satisfatórios, mas atenção total às infrações de custos internos que devem consumir parte desse resultado positivo”, avalia Edman Aquino Junior, gerente de Estratégia e Inovação da Aviva e membro do Comitê de Inteligência de Mercado da Resorts Brasil.

Nos resorts de praia, a taxa de ocupação foi de 68% no primeiro trimestre, com TrevPar de R$ 1.156 e TrevPOR de R$ 1.694. Os dados de 2022 contaram com uma amostra de 16 propriedades, totalizando 6.075 UHs.

Nos empreendimentos do interior, a ocupação acumulada encerrou o período em 49%, com TrevPar de R$ 743 e TrevPOR de R$ 1.517. O levantamento foi realizado com informações de 11 resorts (4.075 quartos).

“Nesta edição, notamos um claro reaquecimento do fluxo aéreo no primeiro trimestre, mas ainda um pouco aquém do fluxo do primeiro trimestre de 2020. Março já teve um desempenho superior a 2020 no fluxo de passageiros domésticos, o que é um sinal muito positivo para nosso setor e o fluxo internacional também segue em retomada. Com relação ao desempenho dos resorts, embora tenha sido positivo no período, seguimos atentos à inflação dos custos que segue em patamares altos”, analisa Juliana Salles, gerente executiva da Resorts Brasil.

Oferta de empreendimentos

Atualmente, a oferta hoteleira do país possui 125 resorts (30.075 UHs). O destaque vai para a região Nordeste, com 62 empreendimentos afiliados (15.805 quartos), seguida pelo Sudeste, com 32 propriedades (7.072 UHs). Do montante total, 53% são unidades independentes e 47% pertencentes a redes hoteleiras.

De acordo com o Radar, foram identificados seis projetos em desenvolvimento (1.867 UHs), sendo:

• 4 resorts de praia no Nordeste (1.419 quartos). Destes, três (1.014 quartos) tem previsão de abertura em 2022 e um (405 quartos) tem previsão de abertura em 2023.
• 1 empreendimento no interior no Centro-Oeste, com 200 quartos e inauguração prevista para 2022.
• 1 resort no interior do Sudeste, com 248 quartos e inauguração prevista para 2024.

O documento foi desenvolvido em parceria com JLL, ReviewPro, Senac e STR. Para ter acesso ao estudo completo, acesse o link.

(*) Crédito da foto: Peter Kutuchian/Hotelier News