Como a maioria dos empreendimentos localizados no Sul do país, a Rede Deville estabelece sua retomada na mesma velocidade em que as medidas restritivas são afrouxadas. Alguns hotéis chegaram a paralisar as operações, seguindo protocolos recomendados pelos governos locais. Passado o momento mais crítico para o setor, unidades já retornaram suas atividades a todo o vapor.

Analisando o início da pandemia com o momento atual, Leandro Carvalho, recém contratado para o cargo de diretor de Marketing e Vendas, aponta uma grande diferença entre os períodos. “2021 já começa melhor do que foi o fim de 2020. Nós observamos um janeiro melhor que dezembro do ano passado e além de janeiro de 2020, por incrível que pareça, por razões das escapadas e movimentos contrários ao início da pandemia. Antes tínhamos o lockdown e hoje temos os distanciamentos, além de uma população que está buscando alternativas para cuidar da sua saúde mental”, pontua.

Sem dividir números de ocupação, o diretor explica que a retomada vem se consolidando aos poucos, com idas e vindas devido à instabilidade do número de casos. “Na semana retrasada foi aplicada a bandeira laranja em Curitiba, que prorroga as medidas restritivas e algumas atividades. O turismo, assim como no resto do Brasil, fica exposto a essas medidas. Sempre que elas estão mais restritivas, atividades acabam sendo impactadas por essas mudanças”, contextualiza.

De qualquer forma, o executivo já avalia este ano como de mudanças positivas e otimismo. “Está muito melhor do que no ano passado. Os hotéis se adaptaram aos protocolos de segurança, gerando maior confiança dos hóspedes. Então, quanto a isso, nós não temos problemas e observamos um aumento crescente nas demandas, o que reflete na ocupação”, avalia.

Quanto às projeções, a rede ainda organiza as operações para estabilizar o fluxo de caixa. “Em algumas praças atingimos o ponto de equilíbrio, mas isso tem variado muito, pois a situação é muito volátil e tudo depende das restrições. De modo geral sim, já se observa uma recuperação considerável, mas muito suscetível por estado, cidade e situação”, comenta Carvalho.

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Carvalho: 2020 foi um ano de muito aprendizado tanto no âmbito operacional quanto de marketing

Rede Deville: do corporativo ao lazer

Ainda falando sobre 2020, o executivo considera o período como um momento de reflexão e de treinamentos. “Foi um ano de muito aprendizado tanto no âmbito operacional quanto de marketing. Pela questão da própria pandemia, os hotéis e operações tiveram que se adaptar a essa realidade, principalmente de protocolos e de prevenção. Essas medidas permitiram que as operações começassem a receber hóspedes novamente. E do ponto comercial e fomos forçados a mudar a estratégias de comunicação, adequar nossa força e buscar novos caminhos para poder suprir a demanda que foi perdida”, explica.

Em relação ao público da retomada, o tema reflete o cenário que ainda aguarda a volta do executivo, mas cativa um novo perfil de hóspedes. “Percebemos uma redução considerável no número de clientes de multinacionais por conta das medidas tomadas pelas empresas, muitas delas completamente em home office por determinação das matrizes. Então, percebemos essa mudança de característica do hóspede, em que o executivo deixa de viajar e dá lugar ao pai de família que quer poder ter um fim de semana diferente”, enfatiza Carvalho.

Mesmo em fase inicial, outro tema que agita o cenário e promete reviravoltas positivas é a chegada da vacina. “Nos traz esperança, sem sombra de dúvidas. Isso é bom, é positivo, independente dos efeitos que ela de fato vai ter, o que só o tempo vai dizer, porque hoje temos muitas estatísticas de imunidade, mas por enquanto são só estatísticas. Temos esse sentimento de esperança e isso reflete nas atividades comerciais, no espírito e no próprio sentimento das pessoas, que se permitem sair mais de casa sabendo que existe a vacina. É positivo o efeito e estamos todos ansiosos para os resultados”, finaliza o diretor.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Rede Deville