Uma pesquisa do Expedia Group, realizada em 2021, apontou que seis entre 10 turistas LGBTQ+ já cancelaram viagens por insegurança. O estudo contou com a participação de 2 mil respondentes nos EUA, mas o problema é global. Contudo, quando levamos esse recorte para viajantes corporativos, a situação é mais delicada, pois nem sempre é possível remarcar ou cancelar um compromisso profissional.

De acordo com a Phocuswire, grande parte dos programas de viagens de negócios não dão a atenção necessária para esse nicho de turistas. Uma pesquisa desenvolvida pelo BTS Europe (Business Travel Show Europe) revela que 66% não possuem iniciativas direcionadas ao segmento contra 26% que o fazem, enquanto 8% afirmam estar em fase de planejamento de medidas que atendam os viajantes LGBTQ+.

O levantamento entrevistou 229 gerentes de viagens europeus e informa que esse perfil de turista é menos assistido em comparação com mulheres que viajam sozinhas ou pessoas com limitações de acessibilidade.

O BTS Europe aponta para um estudo da Asher & Lyric Fergusson, que recentemente criou o Travel Safety Index, que classifica os melhores e piores países para viajantes LGBTQ+ em 2022. Destinos na África, Oriente Médio e Caribe estavam entre os piores.

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Uma pesquisa realizada pela SAP Concur afirma que 95% dos viajantes de negócios escondem sua orientação sexual ao viajar para proteger sua segurança.

“É por isso que é tão importante que qualquer empresa com viajantes da comunidade LGBTQ+ os proteja proativamente e garanta seu dever de cuidado a cada segundo que estiver viajando sob sua vigilância”, diz Louis Magliaro, vice-presidente executivo do Grupo BTN.

O BTS Europe, que será realizado no ExCeL de Londres de 29 a 30 de junho, promoverá uma masterclass intitulada “Tornando diversidade, equidade e inclusão uma realidade nas viagens de negócios” durante o evento.

A sessão será apresentada por Carol Fergus, diretora de Viagens Globais, Eventos e Transporte Terrestre da Fidelity International, e Steve Geneux, gerente geral e vice-presidente de gerenciamento de Contas e Operações da BCD Travel.

Na conferência da Global Business Travel Association, em Berlim, Carol pediu aos gerentes e compradores de viagens que comecem a agir sobre as políticas de diversidade e inclusão, em vez de esperar que os dados provem que há uma lacuna.

(*) Crédito da foto: britozour/Unsplash