Contração de serviçosServiços tiveram queda brusca de empregos em abril

Com o fechamento de empresas de quase todos os segmentos no país, a contratação de serviços registrou queda brusca em abril. Segundo a PMI (Índice de Gerentes de Compras), a pandemia de coronavírus provocou a maior perda de empregos em quase quatro anos e queda recorde nas atividades da indústria. As informações são da Reuters

O PMI de serviços do país recuou para 27,4 em abril ante 34,5 registrados em março, segundo o IHS Markit. Os números apontam a maior baixa das atividades do setor desde que a pesquisa foi iniciada, em 2007.

Diante de relatos generalizados de fechamento de empresas e da deterioração da demanda devido às restrições das atividades dos consumidores, a atividade do setor de serviços e a entrada de novos negócios caíram a taxas sem precedentes em abril. As limitações para viagens e atividade em todo o mundo também pressionaram as vendas para clientes estrangeiros, que caíram no ritmo mais acentuado já registrado.

“A pesquisa de abril expôs totalmente a dimensão e o impacto da pandemia de Covid-19 na economia do setor privado brasileiro, com contrações recordes para a pesquisa no volume de novos negócios e no nível de atividade sendo registradas no mês”, disse em nota Paul Smith diretor de economia do IHS Markit.

Contratações de serviços: empregos

Diante desse cenário e com as empresas se mostrando muito preocupadas em relação ao futuro, os níveis de emprego caíram pelo segundo mês consecutivo entre os fornecedores de serviços, na mais forte taxa de contração desde maio de 2016.

O corte de empregos, segundo o IHS Markit, também refletiu intenção dos fornecedores de serviços de reduzir as despesas operacionais.Isso ajudou a explicar nova redução na taxa de inflação de preços de insumos em abril, com os preços subindo no ritmo mais lento em cinco anos e meio. Os aumentos foram atribuídos ao câmbio desfavorável e ao aumento nos custos de equipamentos de proteção pessoal.

Ainda assim, a forte queda da demanda por serviços levou várias empresas a oferecerem descontos, pressionando para baixo as taxas cobradas. Abril registrou queda nos preços cobrados pela primeira vez desde fevereiro de 2019.

As empresas se mostraram ainda profundamente preocupadas com o impacto da pandemia a curto prazo na atividade e nas operações de negócios, bem como com a possibilidade de danos mais duradouros na economia.

Foi registrado pelo segundo mês seguido um grau de pessimismo em relação aos próximos 12 meses, com o sentimento negativo se acelerando e atingindo novo recorde para a pesquisa. A confiança do empresário do setor já havia caído 11,6 pontos em março

 

(*) Crédito da foto: Free-Photos/Unsplash