Governo anuncia linhas de financiamento para empresas gaúchas
29 de maio de 2024Após a devastação causada pelas recentes enchentes no Rio Grande do Sul, o governo anunciou hoje (29) iniciativas para impulsionar a recuperação econômica do estado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma medida provisória que disponibiliza linhas de financiamento para empresas gaúchas afetadas pelas chuvas em maio, segundo informado pelo G1.
A iniciativa apresenta três linhas de financiamento distintas (Compra de Máquinas, Equipamentos e Serviços; Financiamento a Empreendimentos; e Capital de Giro Emergencial), além da ampliação do crédito rural. Essas medidas visam fornecer suporte financeiro às empresas prejudicadas pela tragédia, facilitando sua recuperação e contribuindo para a manutenção dos empregos e da atividade econômica.
- Compra de máquinas, equipamentos e serviços: as taxas de juros têm custo base de 1% ao ano, somado à diferença entre a taxa cobrada pelos bancos e a taxa paga pela instituição financeira ao captar o dinheiro (chamada de “spread bancário”). O prazo é de 60 meses, com carência de um ano;
- Financiamento a empreendimentos: projetos customizados incluindo obras de construção civil. As taxas de juros têm um custo base de 1% ao ano, somado à diferença entre a taxa cobrada pelos bancos e a taxa paga pela instituição financeira ao captar o dinheiro (chamada de “spread bancário”). O prazo é de 120 meses, com carência de dois anos.
- Capital de giro emergencial: taxas de custo base de 4% ao ano para MPME (Micro, Pequenas e Médias Empresas) e 6% ao ano para grandes empresas, mais o spread bancário. O prazo é de até 60 meses com carência de 12 meses.
As operações têm limites de R$ 300 milhões para as linhas de compra de máquinas e financiamento a empreendimentos. Já a linha de crédito para capital de giro emergencial de pequenas empresas tem limite de R$ 50 milhões, enquanto grandes empresas podem financiar até R$ 400 milhões.
O governo anunciou que vai permitir que as cooperativas de crédito passem a operar dentro do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). Com taxas de juros atrativas e condições favoráveis de pagamento, essas linhas podem auxiliar na retomada do setor hoteleiro do estado.
Prejuízos no setor hoteleiro
Enquanto o governo busca mitigar os impactos econômicos da tragédia, o setor hoteleiro enfrenta desafios significativos em sua jornada de recuperação. O prejuízo estimado em R$ 1,7 bilhão, de acordo com a ABIH-RS, evidencia a extensão dos danos causados pelas enchentes, colocando em xeque a sustentabilidade financeira de muitos estabelecimentos.
(*) Créditos da foto: Ricardo Stuckert / PR