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Conforme disse Paul Romer, “uma crise é algo que não deve ser desperdiçado”. A frase do economista de Stanford é citada no relatório A volta da hotelaria: como tomar decisões mais inteligentes e rentáveis em um mundo pós-pandêmico. A pesquisa, desenvolvida pela Oracle Hospitality em parceria com o Skift tem como objetivo fornecer aos hoteleiros as principais lições absorvidas durante a crise e estabelecer prioridades como forma de auxiliar as empresas a recuperarem as receitas perdidas.

De acordo com o levantamento, 80% dos executivos de hotéis concordam ou concordam totalmente que para concorrer na área de entrega de curta duração, é preciso desenvolver produtos e serviços que proporcionem uma experiência genuinamente local aos hóspedes.

Outros 67% concordam ou concordam totalmente que as receitas geradas pelas reservas de apartamentos representam um incremento crescente nas receitas anuais nos próximos cinco anos. Já 77% concordam ou concordam totalmente que, em 2020, os funcionários utilizaram tecnologias como softwares de nuvem com maior frequência.

A pesquisa traz a premissa de que, no ano passado, foram introduzidas mudanças nas expectativas dos hóspedes e nos pressupostos padrões hoteleiros. O estudo foca sua atenção em responder às perguntas mais urgentes do atual momento como: quais serão as mudanças mais importantes a serem introduzidas quando a indústria hoteleira começar a se recuperar da pandemia? E como os executivos e os donos dos hotéis devem restabelecer as estratégias comerciais e preparar-se para o futuro, especialmente em meio a uma escassez crescente de mão-de-obra?

Para responder aos questionamentos, a Oracle encomendou o estudo com mais de 500 hoteleiros e quase 5000 consumidores entrevistados, na primavera de 2021, para compreender melhor os fatores de transformação-chave da hotelaria.

“Isso será fundamental para oferecer os melhores serviços, quando a pandemia acabar”, disse Dan Kornick, diretor de comunicações dos hotéis Loews, no relatório. “É isso que minha equipe está explorando: como podemos melhorar a automação dos processos no back-end para que sejam mais lucrativos, ou de maneira centralizada, ora automatizada? Como conseguiremos conhecer nossos melhores clientes e fornecer-lhes uma melhor experiência?”

Com o objetivo de ajudar os hoteleiros a acelerar a inovação, garantir a resiliência no futuro e descobrir oportunidades de crescimento, este relatório foca sua atenção em quatro assuntos principais: as receitas não geradas pelas reservas de apartamentos, compatível com os acordos de curta duração, a nova abordagem das operações hoteleiras e a modernização da tecnologia.

“Em razão da Covid-19, todos foram obrigados a pensar em seus ativos e bens imóveis e a tentar entender se existem, ou não, vias alternativas para gerar receitas”, afirma Laura Brinkmann, vice-presidente de capital privado na Brookfield Asset Management, Europa.

Oracle: vendas adicionais

Com efeito, 43% dos hoteleiros entrevistados afirmaram que as fontes de receitas não geradas pelas reservas de apartamentos representados, imediatamente em torno da quarta parte da atividade comercial deste ano. Além disso, 67% dos hóspedes dos hotéis afirmaram que estão “muito ou relativamente” interessados em adquirir produtos e serviços além dos apartamentos, um dado que revela uma oportunidade para recorrer às vendas adicionais ou a vendas cruzadas desses artigos.

“Nossos especialistas na ciência dos dados preveem uma demanda de serviços superior a US$ 28 por reserva”, manifestou Jason Bryant, vice-presidente da Nor1 da Oracle Hospitality. Sua integração com o sistema de gestão de propriedades hoteleiras OPERA Cloud permite que os hoteleiros possam fornecer novidades relevantes e atraentes aos hóspedes, em qualquer momento, durante a etapa prévia à chegada. “Se você puder satisfazer apenas 50% dessa demanda, conseguir aumentar o valor médio da reserva em US$ 14, a maior parte do qual representaria unicamente lucros. Para um hotel com uma tarifa média de US$ 200 e uma estadia média de duas pernoites, isso se traduziria em um aumento de diária média de, aproximadamente, 4%”.

É possível que a pandemia esteja diminuindo em algumas partes do mundo, porém, conforme os estudos realizados, a segurança e a higiene continuarão sendo fatores importantes para os viajantes nos próximos anos. 65% dos executivos dos hotéis explicaram que estão implantando novos procedimentos de higiene e limpeza, e 50% está dobrando a aposta, ao investir na tecnologia sem contato de última geração.

É claro que os hoteleiros confiam cada vez mais na tecnologia para simplificar o caminho para o futuro. O trabalho à distância durante o auge da pandemia reafirmou a importância de contar com uma infraestrutura de TI que melhore a colaboração e permita o acesso à informação durante as 24 horas do dia. Isso explica por que 72% dos executivos concordaram ou concordaram totalmente em avaliar soluções que alocam dados em nuvem.

Por último, o relatório confirma aquilo que muitos de nós já tínhamos previsto: a necessidade de obter mais com menos. Para que algo aparentemente impossível se torne possível, é preciso adotar a tecnologia, especialmente como solução em nuvem, que coordene as tarefas da hotelaria em um modelo de eficácia e inovação.

Para acessar o relatório na íntegra acesse o link.

(*) Crédito da capa: Pixabay