Raquel Lima, gerente de Área, e Rodrigo Tavares, que chegou em janeiro para liderar as ações da empresa no Brasil
(foto: Filip Calixto)

Uma das gigantes mundiais atuando no segmento do turismo pela internet, a Expedia decidiu modificar sua organização para atuação dentro da América do Sul. Desde janeiro uma liderança brasileira ganhou autonomia para tomar algumas decisões diretamente alinhadas ao contexto e ao cenário verificado no Brasil. O mesmo acontece com o restante da América do Sul, que passará a ter um executivo, sediado em Buenos Aires, com liberdade para definir estratégias traçadas para os países vizinhos. Em solo brasileiro, Rodrigo Tavares, que chega depois de uma experiência de quatro anos num dos líderes do comércio online no País, é a liderança no momento. Na Argentina um executivo com autoridade similar trabalha pelo mercado do restante da região "hermana". Ambos respondem à direção da companhia, nos Estados Unidos.

A modificação organizacional, sobretudo no Brasil, faz sentido à medida que a importância desse mercado é revelada. De acordo com Tavares, que responde pelo cargo de diretor de Marketing Management, nosso País é o segundo mais relevante em resultados em toda a América Latina – ficando atrás apenas do México.

Sendo assim, é óbvio supor que a companhia quer manter os resultados já significativos e, quiçá, fazê-los ainda maiores. A intenção está nas minúcias do discurso do novo gestor brasileiro que fala em "cuidar de perto" de um mercado tão importante e cita as dimensões continentais como motivo para tanto zelo e entusiasmo. Para isso ele cria um conceito de nome e sentido simbólicos: "Precisamos dar profundidade na governança estratégica".

"O Brasil tem vários sabores e nossa intenção é aprofundar em cada um deles. Conhecer mais nosso mercado e nossas possibilidades", diz o gestor. "Queremos o País na posição de destaque que ele merece estar".

O momento de mudanças da empresa em solo brasileiro conta ainda com a mudança de área de atuação de Rafael del Castillo, que, de mudança para o Caribe, passa a atuar com o mercado da América Central. 

Novamente voltando os olhos para o mercado nacional, a estratégia que deve vigorar para os próximos atos está intimamente ligada com a obtenção de mais meios de hospedagem parceiros. Para Tavares é necessário reforçar aos proprietários desses meios de hospedagem a importância que a Expedia pode ter na atração de clientes e, por conseguinte, na rentabilidade desses empreendimentos.

"Somos um sócio para esses donos de meios de hospedagem. Temos a tecnologia como um meio para fazer com que o hotel dele seja notado e frequentado. Mas o nosso serviço pode ser considerado uma solução sob medida para cada produto. somos flexíveis e inovadores", comenta o diretor revelando como define o serviço prestado pela empresa que representa.

Na prateleira de empresas que pertencem à Expedia estão as conhecidas Hoteis.com, Trivago e Home Away – por aqui conhecida como Alugue Temporada. Mas dentro do portfólio da corporação ainda constam Travelocity, Egencia, Orbitz, Wotif, Hotwire e Air AsiaGo.

Com tantos produtos na prateleira, a companhia acredita ter capacidade de promover uma revolução no turismo partindo do princípio da tecnologia. O ato revolucionário já está em andamento e a empresa certamente participa dele. "Acredito que nossa contribuição no cenário do turismo atual foi e é a democratização da oferta, a igualdade de oportunidades e o fato de darmos ao hoteleiro algo fundamental: fazer com que ele volte a se preocupar somente com seu core business, que é atender bem o cliente", pondera Tavares. 

O executivo salienta que tem a intenção de aumentar a gama de parceiros e incluir destinos novos na oferta da empresa. Na hora de incluir uma oferta na plataforma Expedia não há critérios rigorosos e essa é a postura que conversa com a intenção de democratização que está no alicerce da empresa. Hoteís de rede ou independentes, grandes ou pequenos e até barcos fazem parte da oferta disponível nas OTAs ligadas ao grupo. 

"O cliente escolhe a oferta que ele quiser. Um executivo pode sair de um hotel cinco estrelas e depois escolher uma pousada mais acanhada. É isso que queremos", pontua Raquel Lima, gerente de área da empresa. "É interessante notar como a comunidade se regula sozinha. Se um hotel não presta um bom serviço ele mesmo, pelo retorno do cliente, vai entender onde está pecando", acrescenta Tavares. 

Para a companhia, em seu pensamento global, vencer no mercado brasileiro é sinônimo de êxito no cenário sul-americano e por isso a aposta na reorganização. Em busca do êxito, o cronograma de ações deve apostar naquelas que fomentam o turismo doméstico e algumas pontuais para atrair turistas internacionais a propriedades brasileiras.

Serviço
expedia.com