Em meses marcados por incertezas, a Nobile Hotels & Resorts mantém o trabalho de expansão no Brasil. Para o segundo semestre, a companhia espera abrir mais dois hotéis e converter outros seis. Atualmente, são 41 empreendimentos em quatro países: Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.

De acordo com Roberto Bertino, fundador e presidente da Nobile, a segunda onda atrapalhou a retomada, que pegou no tranco e, agora, ganha mais força. “Nós atingimos 64% do que tínhamos programado para o budget no primeiro semestre. Os resultado foram abalados, mas ainda temos a perspectiva de um segundo semestre melhor. Já enxergamos a luz no fim do túnel e os números nos mostram que estamos na retomada”, diz

O executivo explicou à reportagem do Hotelier News que um diferencial tem sido a rapidez para definir estratégias. Isso vale para hotéis e à estrutura corporativo da Nobile. “Solicitamos aporte na hora certa e atuamos com nosso DNA da gestão de custos. Em momentos como esse, poupar alguns valores se torna ideal para vantagem competitiva e sustentabilidade dos negócios”, complementa.

Com a expectativa da demanda crescer quase em paralelo à vacinação da população, a rede ainda não recuperou níveis totalmente positivos. Mesmo assim, Bertino comemora os números acumulados entre janeiro e junho deste ano:

  • Ocupação: 46%
  • Diária média: R$ 221
  • RevPar: R$ 101,66

Nobile: padrões pré-crise

A perspectiva é que o retorno aos padrões de receita de 2019 deve acontecer somente no segundo semestre de 2022, isto porque recuperar a diária média será o principal desafio nos próximos meses. Por isso, para tentar acelerar os processos, o trabalho da Nobile se voltará à racionalização dos custos.

“O plano de retomada passa pelos gastos que os hotéis tem com água, gás, energia, mão de obra e insumos. Com o aumento considerável de todas as frentes, a rentabilidade do negócio hoteleiro também será impactada. Nosso trabalho é minimizar isso ao máximo”, explica o presidente.

Mudanças

Apesar dos indícios de que o viajante corporativo deve passar por uma metamorfose no pós-pandemia, o presidente se mantém otimista sobre o retorno do segmento. Atrelado a isso, o Mice também, na visão dele, deve voltar ao normal depois da Covid-19.

“Houve mudança de hábitos durante a pandemia, mas acredito que o segmento corporativo voltará aos níveis pré-pandemia. Os hotéis que precisam de eventos, em diferencial, precisarão apenas de mais tempo em razão das programações e agendas”, salienta o executivo.

Os resultados, até lá, devem se firmar com a melhora vista no lazer ao longo dos meses. A queda ou flexibilização de restrições na maioria dos destinos representou desafogo e números mais positivos à companhia hoteleira.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Nobile Hotels & Resorts