MHB Hotelaria - Pablo RamosRamos: medidas de corte de custos tomadas tiveram duas frentes principais

Embora 11 hotéis tenham fechado as portas temporariamente em Belo Horizonte, a MHB Hotelaria se mantém firme. Cortando custos aqui e ali, a rede mineira permanece com suas nove unidades abertas, a despeito da baixa demanda provocada pelo Covid-19. Em conversa com o Hotelier News, Pablo Ramos, diretor da empresa, revela as estratégias adotadas para continuar com as operações.

As medidas implementadas tiveram duas frentes: fornecedores e equipe de colaboradores. No primeiro caso, foram conduzidas renegociações com todos os parceiros comerciais. No segundo, a rede concedeu férias e fez uso do banco de horas. “Temos 280 funcionários e, para 20% da equipe, concedemos a antecipamos férias. Além disso, como trabalhamos com fundo de reserva nos hotéis, as obrigações de março serão pagas em abril normalmente”, informa Ramos.

“Em relação aos fornecedores, propomos suspensão do contrato por 90 dias, pagando 20% do previsto no acordo”, revela o diretor da MHB Hotelaria. “Quem não aceitou nossas condições, rompemos a parceria, mas ao mesmo tempo sem fechar as portas. O momento é complicado para todos e, na realidade, são nessas horas que descobrimos quem são os parceiros de verdade”, completa. 

MHB Hotelaria: outras iniciativas

A rede mineira também adotou outras medidas para reduzir custos. Exemplo: colaboradores com dificuldade de locomoção estão hospedados nos hotéis. “Temos pelos menos cinco funcionários pernoitando em cada unidade”, revela Ramos. “Embora haja maior consumo de água e luz, é um aumento bem pequeno. Este é compensando pela economia nos gastos com transporte. Além disso, geramos mais banco de horas, ajudando a reduzir jornada de trabalho de outras pessoas da equipe”, acrescenta.

O executivo revela que, hoje, a ocupação nos hotéis da MHB Hotelaria está na casa de 15%. “Como gerimos hotéis no modelo condo-hotel, há muitos moradores. São clientes que trabalhamos muito para fidelizar, então jamais poderíamos tomar uma decisão contrária aos interesses deles”, diz Ramos. 

“Ao mesmo tempo, entendemos que fechar as unidades demandaria um custo muito alto para reabri-los. Então, nossos investidores participaram da tomada de decisões. Estaremos prontos para quando o mercado retomar. Agora, aguardamos uma posição do governo para nos nortear, pois, assim como toda hotelaria, precisaremos de ajuda”, finaliza.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/MHB Hotelaria