O município de Cesário Lange, no interior paulista, não está entre os mais conhecidos do estado, mas foi destino de muitos turistas nos últimos meses. A apenas 1h30 da capital, a cidade abriga o Mavsa Resort, que apesar da crise sanitária aguda que assolou o país, conseguiu manter seu equilíbrio financeiro. Com ocupações em curva ascendente, o empreendimento acredita na recuperação total das perdas da pandemia ainda este ano.

Na primeira fase da crise, o resort fechou suas portas por 95 dias, retomando suas atividades em julho de 2020. O período foi utilizado para a criação de protocolos e estruturação financeira do caixa, que de acordo com Nilva Meirelles, gerente geral do empreendimento, nunca chegou a entrar no vermelho.

Quando o setor hoteleiro começava a vislumbrar uma luz no fim do túnel, uma nova onda de contágios foi um golpe inesperado. Mesmo na fase restritiva mais rígida da pandemia, o Mavsa optou por manter suas portas abertas, ainda que com baixas ocupações. “Tínhamos uma demanda boa de reservas e adaptamos nossos serviços com room service nos apartamentos. Apesar dos altos e baixos, encerramos o primeiro semestre dentro da expectativa. Um mês compensou o outro e conseguimos ficar 4,86% acima da receita média. Um número razoável, tratando-se de um momento pandêmico”, explica a gerente.

Nos primeiros seis meses de 2021, a ocupação acumulada chegou aos 39%, seguido por um mês de julho histórico dentro dos quatro anos de operações do resort, encerrado com 75% no indicador. Com o avanço da vacinação e a flexibilização das restrições, os meses consecutivos mantiveram bons resultados.

“A questão das aulas online ajudaram bastante a hotelaria, pois foi como uma continuidade do período de férias. Em agosto, setembro e outubro, nossas ocupações durante a semana e aos finais de semana se mantiveram positivas, em mais de 45%. O lazer tem retomado e não parou”, acrescenta Nilva.

Mavsa Resort - retomada - nilva meirelles

Nilva assumiu a gerência em 2020

Mavsa Resort: eventos e perfil de público

Já com pequenos eventos marcados para novembro e dezembro de 2021, o Mavsa afirma que as ações, por menores que sejam, são representativas. Orçamentos e datas fechadas para 2022 já são uma realidade, o que sinaliza o retorno de outra demanda importante para o resort.

O turismo regional também ganhou mais força desde a chegada do coronavírus, o que trouxe mudanças quanto ao público que chega ao empreendimento. Se antes a maioria dos hóspedes era oriunda da capital, hoje o Mavsa recebe famílias de Campinas, Ribeirão Preto, Sorocaba, entre outras cidades do interior paulista.

“Conseguimos atingir esse público que só viajava para fora de São Paulo. Também ficamos sem o nosso público corporativo, que era muito forte. Por conta da suspensão dos eventos, trabalhamos apenas com hóspedes de lazer”, observa Nilva.

Fim de ano

A gerente explica que as restrições do turismo internacional, continuidade de campanhas e ações promocionais, e equilíbrio entre os canais de distribuição levaram o resort ao lugar em que ocupa hoje. “Mantivemos nossas campanhas e parcerias, por isso esse retorno expressivo. Também focamos em ações durante a semana, pois sabíamos que as aulas permaneceriam online”.

Prestes a encerrar o ano, o empreendimento prevê um fechamento com perdas superadas e um início de muitas expectativas para 2022. “Diante do cenário dos últimos meses, o segundo semestre deve superar nossas expectativas. O Mavsa se estruturou muito e estávamos preparados para receber o público com todos os protocolos. Chegamos a uma cautela do amarelo nas contas, mas nunca no vermelho”.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Mavsa Resort