Após divulgar seu balanço para o segundo trimestre de 2021, a Marriott International mais do que dobrou suas vendas – o que sinaliza uma retomada mais consistente do setor de hospitalidade. No período, a rede teve incremento de receita de US$ 3,15 bilhões, ante US$ 1,5 bilhão nos três meses finalizados em junho de 2020.

A gigante de hospedagens também registrou lucro de US$ 422 milhões, em comparação a um prejuízo de US$ 234 milhões no mesmo trimestre do ano passado. Segundo divulgado pelo The New York Times, a Marriott afirma que a recuperação segue em uma linha crescente desde junho, impulsionada pelo aumento das taxas de vacinação e redução das restrições de viagens – o que ajuda a elevar as ocupações. O indicador global, inclusive, cresceu 51% no segundo trimestre.

“A taxa de recuperação global de hospedagem acelerou durante o segundo trimestre e o ímpeto continuou em julho”, disse Anthony Capuano, presidente-executivo da Marriott, em comunicado.

A empresa está vendo uma demanda reprimida de grupos pequenos e médios, bem como de grupos sociais que adiaram a realização de eventos durante o ano, porém as reservas de grandes eventos em toda a cidade ainda estão atrasadas.

Marriott: incertezas com a nova variante

Embora as viagens domésticas de lazer estejam se recuperando, essa retomada está ameaçada pela disseminação da variante Delta do coronavírus, altamente contagiosa O governo Biden continuará a restringir a entrada de europeus e outros estrangeiros nos Estados Unidos, citando preocupações de que viajantes infectados possam contribuir para a disseminação da nova cepa no país.

“Enquanto estamos de olho no Delta e em outras cepas variantes, estamos otimistas de que a trajetória ascendente da recuperação global continuará”, disse Capuano no comunicado. “Os cronogramas são difíceis de prever e continuarão a variar por região, mas acredito que estamos no caminho para uma recuperação global completa.”

A Marriott disse ainda que as reservas corporativas também aumentaram, embora outras medidas de viagens de negócios mostrem que a recuperação tem sido mais lenta. Apenas 9% das empresas afirmam ter retomado seus níveis de viagens anteriores à pandemia, de acordo com uma pesquisa recente da Association of International Certified Professional Accountants.

Em contrapartida, viajantes estão combinando suas viagens de negócios e lazer.“Essa combinação de objetivos de viagem continua a ser um fenômeno real e mensurável e achamos que é bom para o nosso negócio”, disse Capuano na terça-feira em uma teleconferência de lucros com analistas. “Acreditamos que continuará muito além do fim da pandemia”.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Marriott International