Assim como Accor e IHG (InterContinental Hotel Group), o primeiro trimestre de 2021 para a Marriott International segue fortemente impactado pela pandemia. Após encerrar 2020 com queda de 50% em receita, a rede totalizou prejuízo líquido de US$ 11 milhões nos meses de janeiro a março deste ano.

O RevPar global cedeu 46,3% quando comparado ao primeiro trimestre de 2020 e 59,1% em relação aos três primeiros meses de 2019. Nos EUA e Canadá, a queda foi de 46,3% frente ao ano passado. Os países ainda apontaram retração de 57,1% no indicador em comparação a 2019.

Já o lucro líquido totalizou US$ 34 milhões no primeiro trimestre de 2021, enquanto no mesmo período em 2020 foram somados US$ 160 milhões. As taxas de gerenciamento básico e de franquia totalizaram US$ 412 milhões no primeiro trimestre de 2021 frente aos US$ 629 milhões no mesmo trimestre do ano anterior. O declínio ano a ano nessas taxas é principalmente atribuível a reduções no RevPAR relacionadas ao Covid-19.

Outras taxas de franquia não relacionadas ao RevPAR no primeiro trimestre de 2021 totalizaram US$ 141 milhões em comparação com US$ 139 milhões no mesmo trimestre do ano anterior, auxiliado por US$ 11 milhões de taxas mais altas de marcas residenciais.

“Ficamos satisfeitos em ver a demanda melhorar significativamente durante o primeiro trimestre. Estamos recebendo cada vez mais hóspedes em nossos hotéis, pois os consumidores estão viajando novamente quando se sentem seguros. Embora as trajetórias de recuperação variem de região para região, a resiliência da demanda foi demonstrada de forma mais aguda na China, onde a ocupação está próxima do nível pré-pandêmico. A ocupação atingiu 66% no país em março, quase a mesma que em março de 2019, devido à forte demanda de viajantes a lazer e negócios”, comenta Tony Capuano, CEO da rede.

Nos EUA e Canadá, a ocupação chegou a 33% em janeiro e atingiu os 49% em março, impulsionadas pela aceleração da vacinação. “ A demanda por lazer ganhou impulso, principalmente em destinos de esqui e resorts de praia. Somos encorajados a ver sinais verdes em reservas corporativas e de grupos especiais, que têm melhorado à medida que as empresas começam lentamente a retornar aos seus escritórios. A aceleração no ritmo de reservas temporárias para os EUA e Canadá aponta para uma melhoria contínua no sentimento do consumidor em relação às viagens”, complementa o executivo.

Marriott: pipeline

Em março deste ano, a Marriott anunciou seus planos de expansão de bandeiras independentes, além de divulgar a estreia da marca all inclusive Westin Hotels na América do Sul, mais especificamente no Brasil.

A empresa adicionou 134 novas propriedades (23.567 quartos) ao seu portfólio de hospedagem em todo o mundo durante o primeiro trimestre de 2021, incluindo cerca de 7.300 quartos convertidos de marcas concorrentes e quase 12.000 quartos em mercados internacionais.

As adições no período incluíram 11 propriedades de conversão com tudo incluído (3.700 quartos) na região do Caribe e América Latina da empresa. Outros 114 empreendimentos (17.381 quartos) saíram do sistema durante o trimestre, incluindo 88 hotéis Service Properties Trust (12.803 quartos). Ao final dos três meses, o sistema global de hospedagem da Marriott totalizava mais de 7.600 propriedades, com mais de 1.429.000 quartos.

No período, o pipeline de desenvolvimento mundial da empresa totalizava 2.825 propriedades com aproximadamente 491.000 quartos, incluindo 1.141 propriedades com mais de 222.000 quartos em construção e 105 propriedades com cerca de 18.000 quartos aprovados para desenvolvimento, mas ainda não sujeitos a contratos assinados.

(*) Crédito da foto: James Lowton/Washington Business Journal